A ministra do Meio Ambiente compareceu à Câmara dos Deputados, mas ofereceu poucas saídas para o fim da insegurança do setor
Agência Brasil/EBC
Sem respostas para as atuais crises enfrentadas pelo Ministério do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede) decidiu comparecer à Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados nesta semana para tentar explicar sobre as incontáveis burocracias impostas pela pasta ao agronegócio brasileiro.
A convocação da ministra foi solicitada pelos deputados, membros da Frente Parlamentar da Agropecuária, Zé Vitor (PL-MG) e Rodolfo Nogueira (PL-MT).
Logo no início da sessão, Marina Silva foi questionada pelo deputado Rodolfo Nogueira sobre os constantes incêndios que atingiram a região do Pantanal. A ministra, entretanto, ofereceu poucas respostas, a não ser o aumento de brigadas de incêndio, além de culpar o El Niño.
“O Ministério do Meio Ambiente não consegue controlar as queimadas, mas sugere que o produtor rural é novamente o vilão. É preciso parar de atacar o agronegócio e o produtor rural”, rebateu o deputado.
Por sua vez, o deputado federal Zé Vitor recusou que a sociedade veja o produtor do agro como réu da história.
“Queremos uma relação franca e justa, de respeito. O agro não pode ser refém de questões partidárias, temos um compromisso com a segurança alimentar e com o futuro das pessoas”, destacou o parlamentar
Agro sofre com as leis ambientais mais restritivas do mundo
Além de defender o produtor agrícola - transformado em vilão desde o primeiro dia do terceiro governo Lula - o presidente da FPA, Pedro Lupion (PP-PR), chamou atenção para a legislação que tenta minar o crescimento do setor com as regras mais pesadas do mundo.
“Precisamos ter o Programa de Regularização Ambiental (PRA)... precisamos dar as condições para que os produtores se adequem a essa realidade”, apontou Lupion.
Marina Silva também foi questionada pelo deputado Zé Vitor sobre a portaria do Ministério do Meio Ambiente que homologa o Regimento Interno do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
O parlamentar destacou que o órgão não pode utilizar subterfúgios para tomar decisões no lugar dos parlamentares.
“Nós precisamos de um alinhamento claro ao Conama e a qualquer outro conselho que exista aqui na Esplanada. Alguns episódios não estão de acordo com aquilo que a legislação pede. Eles extrapolam uma economia que não foi dada a eles”, ratificou.
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