Malafaia desmonta narrativa e apresenta seis provas contra a tese de golpe em 8 de janeiro

Pastor expõe contradições durante manifestação pela anistia no Rio

Durante o ato "Anistia Já" neste domingo (16), em Copacabana, o pastor Silas Malafaia rebateu a narrativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023, apresentando seis provas que desmontam a acusação. Em seu discurso, ele destacou a omissão do governo Lula, a ausência de armas entre os manifestantes e a falta de evidências concretas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Entre os pontos levantados, Malafaia ressaltou que a ABIN enviou mais de 30 alertas ao governo sobre possíveis atos violentos, sem qualquer menção a golpe. Também questionou o General Gonçalves Dias, que forneceu água aos manifestantes no Palácio do Planalto, e a ausência de imagens das câmeras de segurança de Brasília, sob responsabilidade do então ministro Flávio Dino.

Além disso, o pastor ironizou a inclusão de Bolsonaro no inquérito, já que ele estava nos Estados Unidos no momento dos protestos.

Por fim, Malafaia reforçou que a "farsa da minuta de golpe" foi uma invenção da grande mídia e que a tentativa de criminalizar apoiadores do ex-presidente é um ataque à democracia.

Confira as declarações:

– Prova número 1: entre os dias 6 e 8 de janeiro, Lula no poder. A Abin, Agência Brasileira de Inteligência, enviou mais de 30 alertas ao governo dizendo que poderiam haver manifestações violentas. Nenhum alerta fala em golpe. Se houvesse tentativa de golpe, Lula assinava uma GLO e botava as Forças Armadas em Brasilia.

– Prova 2: O general, diretor do GSI. Gente, isso é uma piada. O palácio de portas abertas recebendo pseudos golpistas e ele dando água. Que golpe é esse, minha gente?

– Terceira prova: não existe golpe contra prédios. É dano ao patrimônio público. Golpe é para quem está no poder. Lula estava livre e solto em Araraquara. Ninguém tentou nada contra ele. Qual a arma que foi apreendida? Essas mulheres e homens que foram presos não tinham nem pedra na mão. Golpe sem armas não existe!

– Quarta prova: senhor Flávio Dino. Cadê as imagens das câmeras de Brasília? Ou ele apagou ou escondeu.

– Prova cinco: como é que Jair Messias Bolsonaro é colocado no inquérito de golpe e ele estava nos Estados Unidos? Pato Donald? Mickey? Tio Patinhas? Bolsonaro estava na América. Eu pergunto à Policia Federal e Alexandre de Moraes: cadê as conexões? Onde estão as provas de que Bolsonaro estava comandando da América essas pessoas?

– Sexta prova: o ex-comandante do Exército, Freire Gomes. Oito horas de depoimento na Polícia Federal. O que ele fala: o presidente Bolsonaro apresentou hipótese de GLO, artigo 142 da Constituição, hipótese de estado de sítio e defesa do 136 a 139. Com um detalhe: para estabelecer estado de defesa e de sítio, só com a aprovação do Congresso. Que golpe é esse com a constituição?