Mais impostos e benefícios a ex-detentos: as propostas eleitorais do PT
- Instituto Democracia e Liberdade
- 9 de jul. de 2024
- 2 min de leitura
Confira as principais diretrizes do PT para candidatos à prefeitura e câmara municipal neste ano

Apenas um ano depois de Lula chegar ao poder pela primeira vez, o Partido dos Trabalhadores registrou o seu melhor desempenho na história das eleições municipais desde sua fundação em 1980.
Foi quando 9 candidatos petistas foram escolhidos de forma democrática para conduzir as capitais Aracaju (SE), Belo Horizonte (BH), Fortaleza (CE), Macapá (AP), Palmas (TO), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC) e Vitória (EC). O impactante resultado de 2004, entretanto, seria eventualmente dizimado em 2020, quando o PT não obteve votos suficientes para eleger prefeitos em nenhuma capital do país.
Quatro anos mais tarde - e sem conseguir ao menos definir um nome para disputar a prefeitura do coração financeiro do Brasil - a legenda presidida pela deputada federal Gleisi Hoffmann ressurge com um pacote de ideias que promete ser punitivo até mesmo para seus próprios simpatizantes.
As informações apareceram após circular os detalhes incluídos na cartilha de diretrizes do PT para seus postulantes nas eleições municipais de 2024. Produzido pelo Núcleo de Acompanhamento de Políticas Públicas da Fundação Perseu Abramo (FPA), o documento leva ainda o selo de qualidade de Paulo Okamotto - um dos amigos mais próximos do atual mandatário - e que entrou na mira da Lava Jato quando comandava o Instituto Lula.
“Se nós não conseguirmos convencer as pessoas com o nosso trabalho, nós não estamos fazendo política”, comentou Okamotto. “Por isso, fizemos essa grande mobilização para entregar a todos os nossos candidatos e candidatas materiais de qualidade, surgidos a partir de muita pesquisa e debate”, ratificou o petista, que hoje está à frente da Fundação Perseu Abramo.
Pautas do PT para prefeitos e vereadores
O produto de “muita pesquisa e debate”, segundo as palavras de Paulo Okamotto, não deve agradar os próprios simpatizantes do PT, caso o plano seja colocado em prática. De acordo com o material produzido pelo núcleo de pesquisas da FPA algumas das principais “maldades” previstas para serem aplicadas em gestões municipais são as seguintes:
Esforço para garantir o aumento do IPTU em diversos setores. A justificativa do partido é a de promover “acesso à terra de qualidade”, e reduzir a ociosidade em terras urbanas”.
Aumento do ISS (que se tornará Imposto Seletivo/Imposto do Pecado com a reforma tributária.
O IPTU mais alto seria cobrado de empresas, bancos e outros setores produtivos. A cartilha, por sua vez, não estima que haja repasse para o consumidor desses reajustes.
Obrigar a Guarda Civil Metropolitana a usar câmeras, em clara nova medida para intimidar os agentes públicos em operações contra eventuais delinquentes.
Criar bancos em municípios com menos de 50 mil habitantes.
Implementar comida vegana em hospitais, merenda escolar e outros órgãos públicos.
Incentivo de políticas públicas para o público LGBTQ.
Apoiar sindicatos para “reduzir as desigualdades” no mercado de trabalho.
Aumentar benefícios para ex-presidiários.
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