Discurso ameaçador de Maduro antecipa eventual vitória da oposição venezuelana nas eleições
Se nenhum outro “fato inexplicado” ocorrer nos próximos dias, os venezuelanos deverão escolher no domingo, 28 de julho, o sucessor do ditador Nicolás Maduro no comando do país. Para quem acredita em milagres, pesquisas recentes indicam que a oposição tem boa chance de assumir o governo, após mais de 25 anos de efeitos devastadores provocados pelo socialismo.
O mais recente levantamento eleitoral feito pela Delphos em parceria com o Centro de Estudos Políticos e Governamentais da Universidade Católica Andrés Bello coloca o candidato da coalizão de oposição, Edmundo González Urrutia, lidera, com 59,1% das intenções de voto, contra 24,6% a favor de Maduro.
A cerca de uma semana da “festa democrática” na Venezuela, entretanto, o sucessor de Hugo Chávez já demonstrou que não irá largar o osso tão fácil. Sua mais recente estratégia foi espalhar o terror e alertar a população sobre - adivinhe - “as ameaças do fascimo”.
Em discurso na Parroquia de La Vega, em Caracas, o ditador reforçou seu discurso amedrontador, ao dizer que o país sofre perigo caso ele perca as eleições do dia 28.
“No dia 28 de julho, se não querem que a Venezuela caia num banho de sangue, numa guerra civil fratricida como resultado dos fascistas, precisamos garantir o maior sucesso, a maior vitória na história eleitoral do nosso povo”, ameaçou.
Oposição sob constante ameaça
Além das declarações criminosas de Maduro, na última terça-feira (16), a ex-deputada Maria Corina Machado - que chegou a ser a favorita para assumir a presidência antes de ser cassada - denunciou uma tentativa de matar o candidato da oposição, Edmundo González. Logo em seguida, o chefe de segurança de Corina, Milciades Ávila, foi preso pela polícia de Nicolás Maduro, sob a acusação de “violência contra mulheres”.
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