Aliados de Lula minimizam crise da "MP do Fim do Mundo" e bancam Haddad
No futebol, quando um time vai mal das pernas, geralmente os dirigentes são entrevistados para saber se o futuro do treinador está ameaçado. A resposta padrão na maioria dos casos é a de que o comandante da equipe “está prestigiado”.
Pois esta foi a reação dos aliados do governo Lula após uma série de derrotas sofridas pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda) nesta semana. A principal delas, a da rejeição do principal trecho da MP do Fim do Mundo, que pretendia arrecadar R$ 29 bilhões com a redução de benefícios via PIS/Cofins.
"Eu prefiro dizer que quem contratou e quem demite (Lula) não está pensando nisso. Nem o Haddad está pensando nisso. Agora, as pessoas adoram especular", afirmou o líder petista no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).
Reação semelhante teve o sem partido Randolfe Rodrigues. O líder do governo na Casa também garantiu que Fernando Haddad não corre qualquer risco de sair, mesmo após a reação forte do mercado financeiro. O dólar, por exemplo, foi cotado acima de R$ 5,40 no câmbio comercial na quarta-feira (12).
"Tem setores que querem ganhar um pouquinho mais com o dólar e espalham o boato de que Haddad sairia do governo. O dólar dá aquela avançada, mas depois baixa. (...) Criou-se um boato por conta de uma razão concreta, por conta de ontem para hoje”, conjecturou Randolfe, colocando a culpa no mercado financeiro.
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