Líder iraniano exige pena de morte para Netanyahu e líderes israelenses

Declaração de Khamenei intensifica retórica contra Israel e reflete apoio a grupos terroristas

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, defendeu que líderes israelenses, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, sejam condenados à morte por supostos crimes de guerra. Em discurso para a força paramilitar Basij, ligada à Guarda Revolucionária Islâmica, Khamenei afirmou que mandados de prisão, como os emitidos recentemente pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), não são suficientes para punir o que ele chamou de “crimes do regime sionista”.

"Emitiram um mandado de prisão, mas isso não basta. A sentença de morte de Netanyahu deve ser decretada, assim como para esses líderes criminosos", declarou o aiatolá, conforme a agência iraniana Tasnim.

A decisão do TPI, que ordenou a prisão de Netanyahu, do ex-ministro da Defesa Yoav Gallant e do líder do Hamas Mohammed Deif, foi baseada em acusações de crimes de guerra, incluindo assassinato, perseguição e uso de fome como arma em Gaza. Netanyahu rejeitou a decisão, classificando-a como "absurda e falsa".

O Irã, amplamente reconhecido como financiador de grupos terroristas, como Hezbollah e Hamas, tem intensificado sua retórica contra Israel. Este discurso ocorre em meio a tensões crescentes entre os dois países, exacerbadas pela guerra em Gaza e ataques mútuos entre forças israelenses e grupos apoiados por Teerã.

Desde o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, que resultou em cerca de 1.100 mortes israelenses, a resposta militar israelense deixou mais de 44.000 mortos em Gaza, segundo autoridades palestinas. Em paralelo, confrontos no Líbano entre Israel e o Hezbollah, aliado do Irã, já causaram cerca de 3.700 mortes, conforme o Ministério da Saúde libanês.

A postura do Irã, que inclui suporte logístico e financeiro a grupos terroristas, continua sendo um fator desestabilizador na região, ampliando o alcance de conflitos e fomentando hostilidades no Oriente Médio.