Declarações desastrosas do presidente Lula colocam o país contra os EUA e relativizam terrorismo
Agência Brasil/EBC
Washington D.C. não é somente a capital dos Estados Unidos. O distrito federal da maior potência global também indica para onde os ventos da política internacional devem soprar nas próximas semanas e meses.
Ainda que a gestão Biden tenha desviado a terra da liberdade de sua tradicional rota, os mais de 300 mil norte-americanos que marcharam em favor de Israel deixaram clara a posição do país no conflito gerado pelo Massacre de 7 de outubro, quando mais de 1.200 israelenses foram assassinados pelo Hamas.
Descolado dos EUA - e até mesmo de países hoje guiados pela esquerda, como a Alemanha, o governo Lula prossegue com sua missão de tornar o Brasil um pária internacional.
Ao contrário das declarações dúbias sobre os crimes de guerra cometidos pela Rússia na invasão da Ucrânia, Lula e seus ministros têm sido explícitos ao condenar o governo israelense e defender “a Palestina”, ao comparar a reação da Terra Santa ao terrorismo capitaneado por Hamas e seus satélites Hezbollah e Jihad Islâmica.
Lula e a comparação de Israel aos ataques terroristas do Hamas
No feriado da Proclamação da República (15), Lula ratificou que acompanhará o conflito através de dados oficiosos, providos por aqueles que cometem os crimes.
Desde o início da contraofensiva israelense, o Ministério da Saúde do Hamas - facção que governa Gaza desde 2007, por meio de golpe de estado - têm gerado números sem base e focados, principalmente, no “genocídio de crianças”, causado pelos bombardeios a hospitais e escolas.
“É por isso que eu disse que a atitude de Israel com relação às crianças e com relação às mulheres é uma atitude igual ao terrorismo. Não tem como dizer outra coisa. Se eu sei que tá cheio de criança naquele lugar, pode ter um monstro lá dentro, eu não posso matar as crianças porque eu quero matar o monstro. Eu tenho que matar o monstro sem matar as crianças”, atacou Lula.
A afirmação do presidente da república, na verdade, apenas reforçou o que sua gestão tem propagado há mais de 40 dias.
Em 20 de outubro, após se distanciar das câmeras para se recuperar de duas cirurgias, Lula surgiu ao lado da primeira-dama, Janja da Silva, soltando seus costumeiros números, baseados em nenhum dado consolidado.
“Hoje, quando o Bolsa Família completa 20 anos, fico lembrando que 1,5 mil crianças já morreram na Faixa de Gaza. Crianças que não pediram que o Hamas fizesse aquele ato de loucura que fez, de terrorismo, atacando Israel. Mas também não pediram para que Israel reagisse de forma insana”, apontou.
A "reação" de entidades pró-Israel
As declarações desastrosas do chefe do executivo, entretanto, não ficaram sem resposta. A reação de entidades como a Conib - Confederação Israelita do Brasil - ainda parece branda, em comparação às acusações feitas pelo governo brasileiro.
“A fala hoje do presidente Lula equiparando as ações de Israel ao grupo terrorista Hamas é equivocada e perigosa. Desde o começo dessa trágica guerra, provocada pelo mais terrível massacre contra judeus desde o Holocausto, Israel vem fazendo esforços visíveis e comprovados para poupar civis palestinos, pedindo que eles se desloquem para áreas mais seguras, criando corredores humanitários, avisando a população da iminência de ataques. O Hamas, por outro lado, se esconde cínica e covardemente atrás das mulheres e crianças de Gaza”, escreveu a entidade.
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