Lula volta a atacar Campos Neto e faz comparação com Sergio Moro
- Núcleo de Notícias
- 19 de jun. de 2024
- 2 min de leitura
Em entrevista à CBN, Lula disse que presidente do BC não tem autonomia e age como o ex-juiz que o condenou

Sem apresentar soluções para reverter derrotas no Congresso e atingir metas na economia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a atacar com voracidade o principal dirigente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Em entrevista à rádio CBN concedida nesta terça-feira (18), o petista acusou o presidente do BC de “ter lado político” e de repetir o papel de “paladino da justiça”, em comparação ao ex-juiz federal e atual senador, Sergio Moro.
"O presidente do Banco Central, que não demonstra nenhuma capacidade de autonomia, que tem lado político e que, na minha opinião, trabalha muito mais para prejudicar o país do que para ajudar o país”, afirmou.
"A quem esse rapaz é submetido, como ele vai numa festa em São Paulo, quase assumindo candidatura a um cargo no governo de São Paulo? Cadê a autonomia dele?”, questionou Lula, se referindo à recente homenagem feita pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) a Campos Neto.
"Quando ele se auto lança a um cargo...Vamos repetir Moro? Presidente do Banco Central está disposto a fazer o mesmo papel que Moro fez, paladino da justiça com rabo preso com compromissos políticos?”, acusou Lula.
Lula x Campos Neto: batalha de quase 2 anos
Os ferozes ataques de Lula a Roberto Campos Neto acontecem desde o início de sua terceira ocupação no Palácio do Planalto. Em evento realizado em Fortaleza em 2023, o petista classificou o presidente do BC como “bolsonarista” - prática comum do chefe do executivo.
“Espero que o senhor presidente do BC esteja assistindo. Nós vamos continuar brigando. É importante vocês saberem: o presidente do Banco Central não foi indicado por nós. Ele foi indicado pelo presidente anterior”, reclamou Lula.
“O Banco Central agora é autônomo. Não tem mais interferência da Presidência da República. Esse cidadão (Campos Neto) se ele conversa com alguém, não é comigo. Ele deve conversar com quem o indicou e quem o indicou não fez coisas boas nesse país”, ratificou.
Em uma de suas respostas contra os ataques sofridos, Campos Neto garantiu que o ajuste da Selic não acontecia por desejo pessoal.
“Quando a dívida é mais alta, os juros são mais altos”, destacou Campos Neto durante evento na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). “A figura mostra que, para termos crescimento mais alto, as reformas precisam ser feitas. Confesso que, quando elevei os juros no período eleitoral (durante o governo Bolsonaro), esperava que isso fosse reconhecido pelo governo Lula”, pontuou.
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