Plano ligado à agricultura familiar foi convocado pelo ministro Paulo Teixeira em meio à ofensiva da Câmara contra o MST
Em meio ao desastre humanitário e econômico que destruiu lavouras no Rio Grande do Sul e tem gerado preocupação sobre o futuro das colheitas o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu desafiar o Congresso e convidar o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) para opinar a respeito da composição do Plano Safra 2024/2025.
Além do MST, a gestão petista também incluiu outras instituições de menor representatividade, incluindo a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Brasil (Contaf) e o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA). Junto ao MST, as entidades ficarão incumbidas em programar a aplicação de R$ 70 bilhões ligados à agricultura familiar.
Organizado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, comandado por Paulo Teixeira, a pasta simplesmente apontou “a relevância das organizações representativas” para a inclusão do MST nos grupos de trabalho.
Lula desafia mais uma vez o Congresso
A decisão de abraçar o MST de forma explícita acontece em um dos momentos mais delicados da facção invasora comandada por João Pedro Stédile. Isso porque a Câmara aprovou por 336 votos a 120 no último dia 24 um projeto de lei do deputado Marcos Pollon (PL-MS) que impede os invasores de propriedades de receber benefícios de programas do governo federal, como o Bolsa Família, além de tomar posse em cargos e funções públicas.
A convocação do MST para integrar as discussões do Pronaf 2024/2025 foi condenada pelo ex-presidente da CPI que investigou as ligações do governo com o movimento.
“Por mais que o MST cometa toda sorte de crimes e irregularidades, jamais o PT irá se afastar ou punir o movimento”, destacou o deputado Luciano Zucco (PL-RS), que hoje coordena a Frente Parlamentar Invasão Zero.
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