Lula defende viagens e gastos de Janja e diz que ela “vai continuar fazendo o que gosta”
- Núcleo de Notícias
- 29 de mar.
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Presidente minimiza críticas sobre a atuação da primeira-dama; Janja já gastou aproximadamente R$120 milhões do dinheiro do contribuinte

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reagiu às críticas sobre as viagens e os gastos de sua esposa, Janja da Silva, afirmando que ela “não é clandestina” e que continuará atuando como desejar. Durante coletiva de imprensa realizada neste sábado (29) em Hanói, no Vietnã, Lula minimizou as acusações da oposição e defendeu a liberdade da primeira-dama para viajar e discursar em eventos internacionais.
O questionamento ocorreu após a revelação de que Janja chegou a Tóquio uma semana antes do presidente, sem divulgação prévia, e posteriormente seguiu para Paris, onde discursou na cúpula Nutrição para o Crescimento (N4G) representando o Brasil. Segundo Lula, a viagem ocorreu a convite do presidente francês Emmanuel Macron.
“Janja foi oficialmente me representando, ela não foi em uma viagem escondida, ela foi em uma viagem me representando. Ela não faz viagem apócrifa, ela faz viagem porque foi convidada”, declarou Lula, alegando que sentiu orgulho ao ver sua esposa reconhecida no evento.
O presidente também criticou os pedidos da oposição por mais transparência nos gastos da primeira-dama, afirmando que algumas indagações “não precisam ser respondidas” e que a atuação de Janja não se limitará ao papel tradicional de primeira-dama.
Nos últimos meses, o elevado custo das viagens de Janja tem gerado polêmica. A hospedagem de sua comitiva durante os Jogos Olímpicos de Paris custou R$ 203,6 mil, e as passagens aéreas para um evento em Roma chegaram a R$ 34,1 mil. Apura-se que Janja já tenha gastado R$120 milhões de dinheiro público entre viagens e gastos pessoais. Apesar das contestações, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, arquivou os pedidos da oposição para investigar os gastos da primeira-dama.
Enquanto isso, a Advocacia-Geral da União (AGU) está preparando um parecer para estabelecer diretrizes sobre a atuação dos cônjuges de presidentes da República, diante das crescentes preocupações com a utilização de recursos públicos.
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