Dados da Lei de Acesso a Informação revelam a "manobra" do governo Lula para o pagamento de emendas parlamentares
Sem apresentar indícios de que irá cortar despesas e controlar gastos, o governo Lula voltou a aplicar a chamada “matemática criativa” para garantir recursos e cumprir compromissos com o Congresso.
Segundo informações obtidas pela Folha de S. Paulo por meio da Lei de Acesso à Informação, a gestão petista alterou dados da Previdência Social para reduzir a expectativa de despesas e desbloquear recursos do orçamento que mantiveram o pagamento de U$ 3,6 bilhões em emendas parlamentares - há pouco tempo consideradas parte do “orçamento secreto”.
As informações aparecem em “notas técnicas” emitidas pelo INSS (Instituto Nacional de Seguro Social). Em 15 de maio, a coordenação de Orçamento e Finanças do órgão apontou que o governo teria de gastar R$ 912,3 bilhões com o pagamento de benefícios.
Após uma revisão em 20 de maio, a Dirben (Diretoria de Benefícios do INSS) corrigiu os números, para R$ 902,7 bilhões, sugerindo o cálculo com uma taxa de crescimento vegetativo de 0,17%. O novo boletim ainda acrescentou desconto de R$ 9,05 bilhões oriundos de “medidas de produtividade e revisão de benefícios”.
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