Projeto para vedar comércio de veículos movidos a gasolina e a diesel pode ser votado ainda este ano
BYD: empresa chinesa exerce lobby poderoso no governo brasileiro
Você prefere carro a álcool ou a gasolina? A partir de 2030 essa pergunta poderá perder a validade, caso o Congresso brasileiro aprove o PLS 304/2017 que pretende tirar do mercado de veículos novos os motores movidos a combustíveis fósseis.
A votação do texto estava prevista para acontecer na última quarta-feira (20), mas saiu da pauta por tempo indeterminado.
De autoria do senador Ciro Nogueira (PP-PI), o projeto de lei do Senado institui a política de substituição dos automóveis movidos a combustíveis fósseis, alterando a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 do Código de Trânsito Brasileiro. Caso aprovado, o PLS vedaria a comercialização e a circulação de automóveis movidos a gasolina e diesel.
“A migração para veículos menos impactantes ao meio ambiente, de tração elétrica e movidos a biocombustíveis, não só reduzirá significativamente as emissões de gases do efeito estufa do setor de transportes, mas também incentivará a indústria do etanol e dos biocombustíveis”, afirmou o relator da matéria na Comissão de Meio Ambiente, Carlos Viana (Podemos-MG).
Montadora chinesa investe pesado no Brasil
A ideia por trás da proibição do uso de gasolina e diesel faz parte de um esquema maior, definido pela agenda globalista das Nações Unidas. A entidade divulgou um dossiê, que conta com forte apoio de ONGs e de Klaus Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial.
Em 2021, o site ONU News publicou a matéria “Transportes sustentáveis são chave para alcançar os Objetivos Globais”, destacando os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da entidade. No texto, há um forte lobby para a implantação dos carros elétricos nos mercados mundiais.
O início da missão chinesa coincidiu com o primeiro mês do terceiro mandato de Lula. Em 24 de janeiro de 2023, uma comitiva da BYD desembarcou em Brasília para acertar os detalhes da inauguração da primeira planta da montadora chinesa em Camaçari, Bahia.
Estiveram presentes no encontro, além do presidente, o ministro da Casa Civil, Rui Costa e o conselheiro da BYD no Brasil, Alexandre Baldy. Além de ter sido ministro no governo Temer, Baldy é bastante próximo do senador Ciro Nogueira, autor do projeto que pretende extinguir os carros à gasolina no país.
Já no último dia 18, a montadora chinesa BYD confirmou a intenção de ampliar investimentos na produção de carros elétricos no Brasil. O montante previsto é de R$ 5,5 bilhões - alta de 83%.
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