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Lira vence mais um duelo com Lula e emplaca presidência da Caixa

Próximo passo do líder do Centrão será ocupar os demais cargos do banco estatal


Lula dá adeus à companheira Rita Serrano - Agência Brasil


Em uma de suas inúmeras promessas, o então candidato ao terceiro mandato, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi categórico: para chegar ao poder, o petista não faria alianças com políticos do Centrão.


“O PT não vai fazer acordo com o Centrão porque o Centrão não é um partido político. O que nós queremos é juntar todos os partidos progressistas”, afirmou Lula em entrevista concedida a emissoras do Paraná em 2022.


Após quase dez meses no Palácio do Planalto, a história tomou um rumo diferente. Com a demissão de Rita Serrano da presidência da Caixa Econômica Federal (a terceira mulher do “inclusivo” governo petista), Lula ratificou que o executivo está à mercê do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e de seus aliados do Centrão.


A substituição por Carlos Vieira Fernandes seguindo indicação de Lira, por sua vez, é fruto de uma longa pressão exercida pelo parlamentar alagoano, para barganhar a aprovação de projetos no legislativo sem maiores contratempos.


Pressão para tomar Caixa é antiga


O presidente da Câmara não ousou oficializar, mas interlocutores já anunciavam que uma das exigências do PP e aliados seria assumir o controle total da Caixa Econômica Federal. As especulações começaram a ficar mais robustas em setembro, quando informações de bastidores indicavam que o Centrão não apenas queria derrubar Rita Serrano da presidência, mas tomar conta dos demais cargos diretivos do banco.


Ao notar que projetos de interesse do governo não saiam da gaveta de Arthur Lira, Lula bateu o martelo para fritar sua companheira de Caixa. A resposta do presidente da Câmara dos Deputados foi imediata, colocando para votação o projeto de ampliação dos tributos de Offshores e Fundos Exclusivos, aprovado com facilidade pela Casa.


A saída de Rita Serrano foi marcada com um comunicado oficial, apontando suas realizações. Entre elas, a curiosa criação de “74 salas para o atendimento exclusivo de prefeitos”.


“Rita Serrano cumpriu na sua gestão uma missão importante de recuperação da gestão e cultura interna da Caixa Econômica Federal, com a valorização do corpo de funcionários e retomada do papel do banco em diversas políticas sociais (...) Na gestão de Serrano foram inauguradas 74 salas de atendimento para prefeitos em todo o país, cumprindo um compromisso de campanha”, escreveu a Caixa Econômica Federal em nota.

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