Lira ameaça Senado após derrubada da "taxa das blusinhas"
- Instituto Democracia e Liberdade
- 5 de jun. de 2024
- 2 min de leitura
Segundo Lira, a aprovação do imposto já havia sido combinada na Câmara, o que pode comprometer a votação do Programa Mover

A queda de última hora de um acordão entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) pode colocar em risco a votação do Programa Mover - originalmente destinado a beneficiar a indústria automotiva com a chamada “descarbonização” do setor.
O motivo é simples: a exclusão da chamada "taxa das blusinhas" aprovada na semana passada pela Câmara, e que aplicou uma alíquota de 20% em todas as compras internacionais, inclusive em sites populares como AliExpress, Shopee e Shein.
Logo após o anúncio da derrubada do item, Arthur Lira mandou um forte recado para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-AL). Caso a mudança no texto seja realmente mantida, todo o projeto de lei poderá ser comprometido no retorno da matéria para a Câmara.
"Não sei como é que os deputados vão encarar uma votação que foi feita por acordo, se ela retornar à Câmara. Eu acho que o Mover tem sérios riscos de cair junto e não ser votado mais na Câmara. Isso eu penso de algumas conversas que eu tive", anunciou Lira, após o adiamento da sessão no Senado.
Relator do Mover derruba “taxa das blusinhas”
A decisão de excluir a tributação às compras em sites populares internacionais havia sido anunciada na terça-feira (4) pelo relator do Mover, Senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL). Para o parlamentar, o item seria um “corpo estranho” na composição de um projeto cujo objetivo principal, em tese, seria incentivar o desenvolvimento de uma indústria sustentável.
“Sou um defensor da redução da carga tributária nacional. Compreendo as colocações do setor varejista e do governo, mas não podemos de forma afoita impor uma taxa de 20% para compras internacionais de até US$ 50,00 sem antes realizarmos uma ampla discussão com sociedade, empresários, governo e parlamento nacional”, justificou Cunha.
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