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Liga da Injustiça: Dirceu e Odebrecht são "vingados" pelo STF

Em um cenário surreal, a mente por trás de Lula e o ex-presidente da Odebrecht ganham status de cidadão exemplar


Os Bons Companheiros

Condenado no Mensalão e no Petrolão, a mente por trás do projeto de poder do Partido dos Trabalhadores, o ex-ministro e ex-deputado federal José Dirceu, recebeu na última terça-feira (21) mais um presente do Supremo Tribunal Federal: a extinção da pena por envolvimento em casos de corrupção no âmbito da Lava Jato.


De fato, Daniel (seu pseudônimo durante os tempos de terrorismo no regime militar), graças a um habeas corpus obtido em 2018, já circulava pelos corredores do Planalto e de eventos regados a muito luxo, champagne e caviar.


Dois exemplos de seu total e irrestrito privilégio - e hipotética capacidade de influência nos bastidores da política - foram observados nos últimos meses.


No final de abril, Dirceu foi registrado na luxuosa festa de aniversário de 94 anos do ex-presidente José Sarney. O petista, defensor da igualdade social, não aparentava qualquer desconforto em um ambiente frequentado, inclusive, por ministros do próprio Supremo Tribunal Federal que viriam a definir o seu destino na esfera criminal.


A mesma soberba e suntuosidade foi fotografada na festa de seus 78 anos. Regada a bebidas importadas e assados requintados, a celebração do aniversário de Dirceu reuniu centenas de convidados ilustres, incluindo o suposto adversário histórico, Geraldo Alckmin - o mesmo da “cena do crime”.


Zé Dirceu: a um passo do "grande retorno"



Dirceu: à espera de reviver os velhos tempos

Pelo andar célere dos processos que correm no STF, José Dirceu não deve se contentar com o recente fim da acusação de corrupção, que acaba de ser dilacerada pela corte. Os magistrados aceitaram a reivindicação da defesa, que alegou prescrição da pena, já que o petista tinha 70 em sua condenação, ocorrida no ano de 2017.


Disposto a disputar as eleições de 2026, Zé Dirceu - o braço direito de Lula - espera agora que outro processo que liga seu nome com a Engevix seja cancelado pelos companheiros.


A decisão - apesar de a Lava Jato já ter sido há tempos sepultada - certamente serviria como epitáfio do combate ao maior caso de corrupção da história do mundo. 


Se ainda há sinais de que o combate à lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos da Petrobras será destruído ponto a ponto, um dos personagens centrais do escândalo também foi agraciado com o perdão máximo nesta semana.


Marcelo Odebrecht - que denunciou o ministro Dias Toffoli em delação homologada pelo próprio STF - recebeu do próprio magistrado a anulação de todas as decisões proferidas na 13ª Vara Federal de Curitiba contra o ex-presidente da atual Novonor.


Tanto o caso de Dirceu como Odebrecht são emblemáticos e retratam de forma quase irreparável o cenário do Brasil governado por Lula em 2024.


Enquanto o estado esbanja recursos públicos e investe no processo de censura em meio a maior tragédia do Rio Grande do Sul, burocratas não-eleitos aproveitam o momento para penalizar cidadãos de bem e libertar todos os ícones da corrupção. 


Enquanto idosos presos após o 8 de janeiro - e que sequer foram julgados de acordo com a Constituição e Código Penal (sem individualização das acusações, possibilidade de recursos e comprovação dos crimes os quais são acusados) - nomes de peso que confessaram abertamente seus crimes já podem seguir suas vidas sem conviver com o fantasma da cadeia.


Aparentemente surreal e inexplicável para o cidadão de bem, talvez este cenário de caos e insegurança jurídica tenha sido definido com maestria pelo decano do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes.


Durante participação de um evento em Paris, Mendes foi sincero como não se poderia ser:


“Se hoje nós temos a eleição do presidente Lula, isso se deveu a uma decisão do Supremo Tribunal Federal”, confessou.


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