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Leilão de Lula "bangunçou" ainda mais o mercado de arroz, avalia Farsul

Dirigente diz que intervenção de Lula encareceu ainda mais o produto ao consumidor, mesmo sem a importação


Economista da Farsul aponta erros do governo Lula

Embora tenha suspendido a compra de arroz importado, após a oposição levantar suspeitas sobre o leilão, a ação interventora do governo Lula fez com que o preço do cereal disparasse para o consumidor.


As consequências geradas pela operação controlada pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) foram apontadas pelo economista-chefe da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz.


“O governo, quando interveio no mercado, criou uma alta no preço. Quando ele disse para as pessoas que poderia faltar arroz, as pessoas saíram para o supermercado para se abastecer”, explicou o especialista. 


“Quando ele disse que vai fazer um leilão de 1 milhão de toneladas, o preço do (produto) no Mercosul explodiu. E quando disse que não compraria do Mercosul, compraria de fora, o preço na Tailândia e no Vietnã também subiu. Olha só que loucura, oferta e demanda. Só o governo não entende isso”, criticou da Luz.


“Desrespeito ao Rio Grande do Sul”


No momento do anúncio do cancelamento do leilão que previa a compra de 263 mil toneladas de arroz para, supostamente, cobrir as perdas geradas pelas enchentes no Rio Grande do Sul (situação desmentida pelo setor), o presidente da Conab, Edgar Pretto, justificou a anulação do arremates para “aperfeiçoar as regras” de um possível novo certame. 


"Nós vamos realizar outro, quem sabe em outros modelos, para garantir que nós vamos contratar empresas com capacidade. Não tinha como a gente depositar esse dinheiro público sem ter as reais garantias que esses contratos posteriores serão honrados", afirmou o responsável pela Conab.


Em resposta, o economista-chefe de Farsul considerou toda a operação um desrespeito ao povo e setor do agronegócio do Rio Grande do Sul, já bastante castigado pelas enchentes no estado.


“Com a saída do governo do mercado, pelo menos temporariamente, não sei se eles vão voltar ou não. Porque o mercado está todo bagunçado. O governo só bagunçou. O leilão foi um desrespeito com o produtor rural do Rio Grande do Sul”, lamentou.

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