Juros bancários permanecem em crescente mesmo com Selic estagnada
- Carlos Dias
- 17 de abr. de 2023
- 2 min de leitura
Entenda os motivos da tendência de aumento por parte das instituições financeiras

A taxa Selic tem permanecido em 13,75% por determinação do Banco Central do Brasil há algum tempo. Entretanto, as taxas de juros junto aos bancos parece apenas crescer a cada revisão. De acordo com economistas e analistas em geral, mesmo que a Selic sofra uma queda nas próximas revisões o crédito ao consumidor não teria alterações significativas nas taxas em sentido decrescente. A realidade é que está mais caro realizar empréstimos.
Entre os motivos apontados por especialistas na área estão o custo de captação dos bancos (que têm como referência a Selic), os impostos da intermediação financeira das instituições além do compulsório (que no Brasil gira em torno de 20%), as despesas administrativas que são os custos dos processos internos dos bancos o alto índice de inadimplência que é um cenário crescente mediante o maior endividamento das famílias brasileiras nos últimos meses; e por fim, a margem líquida das instituições, ou seja, seu “lucro”.
Quanto menor a taxa Selic, menor a rentabilidade do Banco Central sobre os títulos públicos indexados, sendo a taxa básica de juros a principal ferramenta de política monetária utilizada no controle da inflação. Os títulos são utilizados como garantia nas operações de um dia, realizadas entre si pelas instituições financeiras, o que faz com que ao tomar emprestado de um concorrente as taxas ficam menores e consequentemente o valor dos juros repassado aos clientes também diminuem.
No entanto, para o diretor executivo da ANEFAC, Miguel José Ribeiro de Oliveira com respeito ao aumento das taxas em geral, “os bancos não são os únicos vilões. Tem um ambiente econômico e político que acaba encarecendo os juros. Com essas incertezas, o banco toma a decisão de emprestar ou não. E, mesmo quando decide emprestar, empresta mais caro”.
Seguindo a mesma linha, a economista e especialista em mercado de capitais Ariane Benedito acredita que também “é como os bancos se sentem confortáveis ao olhar a conjuntura macroeconômica para disponibilizar os recursos visando recebê-los de volta. Se o banco não tiver controle de quanto ele empresta, ele aumenta o risco de insolvência da instituição”.
FONTE/CRÉDITOS: Rumo Econômico com informações da Invest News
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