Itália: Condenação de Marine Le Pen é um ataque à democracia
- Núcleo de Notícias
- 2 de abr.
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Líderes europeus e Donald Trump denunciam decisão judicial como politicamente motivada

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, criticou duramente a condenação da líder conservadora francesa Marine Le Pen, afirmando que a decisão judicial representa um golpe contra a democracia e priva milhões de eleitores de representação política.
Na segunda-feira (1º), Marine Le Pen foi sentenciada a quatro anos de prisão, dois deles em regime fechado, sob acusação de desvio de recursos do Parlamento Europeu, além de ser proibida de ocupar cargos públicos por cinco anos. Caso a condenação seja mantida, a política ficará impossibilitada de disputar as eleições presidenciais francesas de 2027.
Meloni afirmou ao jornal italiano Il Messaggero que desconhece os detalhes do processo, mas destacou a gravidade da decisão: “Ninguém que se preocupe com a democracia pode se alegrar com uma sentença que afeta a líder de um grande partido e retira a voz de milhões de cidadãos.”
O vice-primeiro-ministro italiano, Matteo Salvini, classificou o veredicto como uma "declaração de guerra de Bruxelas". Já o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comparou a situação ao que ele próprio enfrentou sob a administração de Joe Biden, insinuando que a perseguição judicial tem motivações políticas.
Le Pen negou qualquer irregularidade, afirmou que recorrerá da decisão e classificou o julgamento como uma tentativa de silenciá-la. “Sou combativa e não serei eliminada”, declarou em entrevista à televisão francesa.
A conservadora já disputou a presidência da França três vezes e terminou em segundo lugar nas últimas duas eleições. Seu partido, Reunião Nacional (RN), atualmente detém a maior bancada na Assembleia Nacional. Pesquisas recentes indicam que Le Pen lidera a corrida para 2027, com cerca de 34% a 37% das intenções de voto, dez pontos à frente de seu principal concorrente, o ex-primeiro-ministro Edouard Philippe.
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