Governo de Israel teme prolongamento do conflito, que já afeta drasticamente o turismo e o comércio
Crédito: IDF
Há quase exato um mês, no pior incidente desde a Guerra do Yom Kippur em 1973, Israel foi atacado por terra, ar e mar pelos terroristas do Hamas. Além da barbárie contra mulheres e crianças, mais de 200 sequestros e quase 1.500 mortes de civis e militares, a economia da única democracia do Oriente Médio também foi sensivelmente avariada.
Os números oficiais, corrigidos após 30 dias de conflitos, indicam que o país deve gastar cerca de US$ 51 bilhões para arcar com as despesas do conflito e gastos relacionados à economia interna.
Segundo o Ministério das Finanças de Israel, o cálculo atualizado dos custos do combate ao terror são baseados somente se as operações se resumirem a alvos em Gaza.
Israel x Terror: recuperação econômica ameaçada
Em conflitos passados, Israel demonstrou força suficiente para a retomada econômica em poucos meses. Contudo, há sinais de que o combate às ações de Hamas, Hezbollah e outras facções terroristas pode ser mais longo do que o estimado pelas Forças de Defesa de Israel.
Na conjuntura atual, o governo de Benjamin Netanyahu computa despesas de guerra, logística e abastecimento, que incluem a convocação e manutenção de 360 mil reservistas, e investimentos no remanejamento de 250 mil cidadãos que abandonaram comunidades próximas à zona de conflito nas fronteiras com Gaza e Líbano.
Os responsáveis pelas finanças israelenses ainda computam gastos com armamentos, transportes e infraestrutura. O setor de alimentação e turismo recebe atenção especial. Desde 7 de outubro, data da invasão do Hamas, milhares de excursões turísticas foram canceladas.
Restaurantes, hotéis, companhias aéreas - além de supermercados que sofrem com lenta reposição de alimentos - também foram afetados e devem sofrer para recuperar o faturamento, caso as previsões apostem em uma guerra mais longa.
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