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Israel responde ao mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional

Mandados de prisão contra autoridades israelenses evidenciam viés da Corte Internacional



O governo de Israel respondeu de forma contundente aos mandados de prisão emitidos pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant. As acusações, que incluem supostos "crimes contra a humanidade" relacionados ao conflito de Israel com o grupo terrorista Hamas em Gaza, foram amplamente criticadas por autoridades israelenses, que acusaram o tribunal de antissemitismo e alinhamento com organizações terroristas.


O presidente de Israel, Isaac Herzog, classificou a decisão como "ultrajante" e afirmou que ela desrespeita o legado de todos os que lutaram pela justiça ao longo da história, desde a vitória Aliada sobre o nazismo. Segundo Herzog, o TPI "escolheu o lado do terror e do mal contra a democracia e a liberdade".


Itamar Ben Gvir, ministro da Segurança Nacional, reforçou as críticas ao tribunal, alegando que ele "demonstra novamente seu caráter profundamente antissemita". Ben Gvir propôs como resposta a anexação total de Judeia e Samaria, ampliação dos assentamentos e sanções contra a Autoridade Palestina.


A ministra de Assentamentos e Projetos Nacionais, Orit Strock, foi além, comparando o TPI ao tribunal da cidade bíblica de Sodoma, destruída por sua iniquidade. Ela conclamou as nações democráticas a abandonarem o tribunal para evitar sua legitimação.


O presidente do parlamento israelense, Amir Ohana, também condenou a decisão, acusando o TPI de instrumentalizar seu mandato em favor de grupos terroristas, como o Hamas, e de tentar deslegitimar o direito de Israel à autodefesa.


No mesmo dia, o TPI emitiu um mandado de prisão contra Mohammed Deif, comandante militar do Hamas, acusado de crimes de guerra. Israel afirma tê-lo eliminado em um ataque aéreo no início deste ano.


O conflito atual teve início em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas realizou um ataque transfronteiriço que resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas e no sequestro de 250 israelenses, dos quais mais de 100 permanecem cativos.


Israel, que não é signatário do Estatuto de Roma, não reconhece a autoridade do TPI. No entanto, Netanyahu e Gallant podem ser detidos em qualquer um dos 124 países que aceitam a jurisdição do tribunal, caso visitem esses territórios.



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