Israel intenta Rússia como mediadora em acordo com o Hezbollah, segundo mídia local
- Núcleo de Notícias
- 1 de nov. de 2024
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Participação de Moscou nas negociações é vista como chave para a estabilidade, dizem fontes israelenses

Israel estaria buscando o envolvimento da Rússia nas negociações de cessar-fogo com o grupo terrorista libanês Hezbollah, segundo relatórios de fontes citadas pela mídia local, incluindo o Ynet. A inclusão de Moscou seria estratégica para fortalecer qualquer possível acordo.
“Os russos terão um papel especial na implementação do acordo e na prevenção de futuras escaladas”, afirmou uma fonte ao Ynet.
Orna Mizrahi, ex-assessora de segurança nacional de Israel, comentou que, apesar da preferência de Israel pelos americanos, a relação positiva de Moscou com o Irã pode ajudar na estabilização de um futuro acordo sobre o Líbano. Além disso, a participação da Rússia como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU reforçaria uma eventual resolução de cessar-fogo.
Os veículos israelenses noticiaram nesta semana que as negociações para um cessar-fogo no Líbano já estão em “estágios avançados”. O enviado dos EUA, Amos Hochstein, mediador nas conversas entre Israel e Líbano, alcançou acordos preliminares em visita recente a Beirute.
O plano prevê a aplicação ampliada da Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, que exige a retirada das forças do Hezbollah da fronteira libanesa com Israel. A resolução também introduz um mecanismo internacional para supervisionar a região, proibindo o rearmamento do Hezbollah, efetivamente impedindo que o grupo adquira novos recursos militares.
Se confirmado, o acordo começará com um cessar-fogo inicial de 60 dias, período em que a supervisão internacional será estabelecida. Hochstein deve chegar a Israel antes das eleições presidenciais dos EUA, em 5 de novembro, para finalizar o acordo. Há indícios de que Moscou já dialogou com o Irã, incentivando o Hezbollah a aceitar os termos.
Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, não confirmou nem negou o envolvimento da Rússia no processo, mas destacou que Moscou mantém contato com todas as partes envolvidas. “Claro, se nossa assistência for necessária, a Rússia está pronta para fazer sua parte”, afirmou.
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