Israel elimina vice-comandante da força de elite do Hezbollah em ofensiva no Líbano
- Núcleo de Notícias
- 30 de out. de 2024
- 2 min de leitura
Bombardeio marca um golpe contra a estrutura do Hezbollah em meio à escalada de tensões na região

O Exército de Israel confirmou nesta quarta-feira (30) a morte de Mustafa Ahmad Shahadi, vice-comandante da força de elite Radwan do grupo Hezbollah, em um bombardeio na região de Nabatiye, no sul do Líbano. A operação foi descrita por Israel como um “novo golpe contra as capacidades da força Radwan e da organização terrorista Hezbollah.” A data exata do ataque, no entanto, não foi revelada pelas Forças Armadas israelenses.
O Hezbollah, grupo terrorista xiita apoiado pelo Irã, ainda não se manifestou sobre a morte de Shahadi. Em suas comunicações oficiais, o Hezbollah geralmente evita divulgar informações sobre perdas, a menos que envolvam figuras de alta hierarquia.
Campanha de Bombardeios e Expansão das Operações Terrestres
A morte de Shahadi ocorre semanas após Israel ter eliminado Ibrahim Aqil, então chefe da força Radwan, em um ataque aéreo em Beirute. Desde esse incidente, Israel intensificou sua campanha militar no Líbano, incluindo bombardeios constantes sobre o sul e o leste do país e em Dahye, reduto do Hezbollah ao sul de Beirute. Os ataques já causaram mais de mil mortes e obrigaram mais de um milhão de libaneses a deixar suas casas.
No início de outubro, forças terrestres israelenses avançaram sobre o sul do Líbano, numa tentativa de desmantelar a infraestrutura militar do Hezbollah próxima à fronteira. O objetivo, segundo Israel, é impedir possíveis ataques contra a região da Galileia. Essa incursão ampliou ainda mais o conflito e gerou preocupações de uma escalada que possa envolver outros aliados regionais.
Impacto no Poderio do Hezbollah e Reação Internacional
Israel estima que, até o momento, o Hezbollah tenha perdido cerca de 80% de seus mísseis e foguetes, conforme relatou o ministro da Defesa, Yoav Gallant. Com apoio iraniano, o Hezbollah possui vasto arsenal e é considerado uma ameaça significativa à segurança israelense na região.
Em meio à escalada, dois assessores do presidente dos EUA, Joe Biden, têm visita agendada a Israel para tratar de um possível acordo de cessar-fogo. A expectativa é viabilizar o retorno dos civis deslocados e reduzir a tensão entre os países, segundo informações de fontes israelenses e americanas.
As recentes ações de Israel visam desestabilizar a estrutura do Hezbollah, que representa um importante satélite do Irã no Oriente Médio, enquanto os esforços internacionais buscam evitar uma expansão ainda maior do conflito.
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