Intervenção é retrocesso
- Carlos Dias
- 16 de mar.
- 2 min de leitura

Recentemente, a imprensa tem noticiado um aumento no tom das declarações do presidente Lula, sinalizando possíveis medidas drásticas para forçar a redução dos preços de alimentos no Brasil. A justificativa seria a necessidade de garantir o acesso da população a alimentos mais baratos. No entanto, essa abordagem intervencionista levanta sérias preocupações sobre os potenciais impactos negativos na economia e na liberdade de mercado.
A experiência histórica nos mostra que tentativas de controle de preços e intervenção estatal na economia invariavelmente levam a resultados desastrosos. O caso do Plano Cruzado, no governo de José Sarney, é um exemplo clássico de como o congelamento de preços e o confisco de bens podem gerar escassez, mercado negro e desabastecimento. A recente experiência da Argentina, com a proibição da exportação de carne bovina, também serve como um alerta sobre os efeitos nocivos do protecionismo e da intervenção excessiva do Estado.
É fundamental que o governo brasileiro compreenda que a solução para o problema da alta dos preços dos alimentos não reside em medidas artificiais e coercitivas, mas sim na promoção de um ambiente de negócios livre, competitivo e desburocratizado. A livre concorrência, a redução da carga tributária e a garantia do direito de propriedade são pilares essenciais para o bom funcionamento do mercado e para a oferta de produtos a preços justos e acessíveis à população.
Acreditamos que a insistência em políticas de controle de preços e intervenção estatal representa um grave risco para o agronegócio brasileiro, um setor que tem demonstrado resiliência e capacidade de crescimento mesmo em cenários altamente adversos. Em vez de buscar soluções artificiais e populistas, o governo deveria concentrar seus esforços em criar um ambiente favorável ao investimento, à inovação e à expansão da produção agrícola.
Curiosamente, enquanto o governo perigosamente flerta com a ideia de medidas intervencionistas, o setor de exportação de carne bovina tem alcançado resultados excepcionais. Os frigoríficos exportadores têm batido recordes de volume e faturamento, impulsionados pela demanda internacional e pela valorização dos produtos brasileiros no mercado externo. Os números divulgados pelo Ministério da Economia comprovam o excelente desempenho do setor, com um aumento considerável nas exportações e na receita gerada.
Esses resultados demonstram a importância do agronegócio para a economia brasileira e a necessidade de preservar a liberdade de mercado e a livre iniciativa. Em vez de punir os produtores rurais e os empresários do setor, o governo deveria reconhecer o papel fundamental do agronegócio na geração de emprego, renda e divisas para o país.
Portanto, esperamos que o governo brasileiro tenha o mínimo de sensatez para abandonar a retórica intervencionista e adotar uma postura mais pragmática e favorável ao livre mercado. Acreditamos que o caminho para garantir o acesso da população a alimentos mais baratos passa pela promoção da liberdade econômica, da desregulamentação e da desburocratização, e não pelo controle de preços e pela intervenção estatal.
A ameaça do intervencionismo estatal paira sobre o agronegócio brasileiro, mas o setor tem demonstrado resiliência e capacidade de crescimento. Nesse sentido, é mandatório que o governo adote uma postura aberta ao livre mercado, reconhecendo o papel essencial do agronegócio na economia do país e promovendo um ambiente de negócios competitivo e desburocratizado.
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