Funcionários alegam ser necessário maior tempo de observação do mercado
Após a última ata divulgada na quarta-feira da semana passada (16), em que o Federal Reserve explica por que decidiu elevar a taxa de juros overnight de referência para 5,25%, em um intervalo de 5,50%, funcionários do banco central americano ficaram divididos quanto a ser ou não necessário realizar novas elevações nas taxas de juros mediante o cenário de resiliência do mercado americano.
A dúvida se dá por importantes dados centrais que apontam em duas direções, ou seja, o mercado aponta queda gradativa dos números inflacionários, como mostra o índice de preços de gastos de consumo pessoal (medida favorita do Fed), em 3% em junho deste ano, após ter chegado a 6,9% no mesmo período de 2022, enquanto é possível observar a constante força do mercado de trabalho que se mantém com saldo de empregos, mesmo com desaceleração.
Em contrapartida, um outro grupo enfatiza os riscos à economia de se manter por um tempo prolongado os juros em constante elevação, tendo em vista que há ainda riscos de efeito negativo macroeconômicos do aperto monetário nas condições financeiras do país, em um contexto global ainda muito incerto e frágil, mesmo que sejam medidas que visam trazer a inflação novamente para o patamar de 2% estabelecido como meta.
Apesar dos receios, inclusive sobre o impacto em futuras decisões políticas, a posição oficial do Fed até o momento é de que há menores chances de uma recessão até o fim do ano, enquanto acompanha a queda gradual da inflação para 2023 e 2024.
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