Insanidade do sistema
- Carlos Dias
- 3 de mar. de 2021
- 2 min de leitura
A força da traição
Os ataques ao modo de vida e da forma como a estrutura econômica e social do Ocidente se organiza têm se tornado cada vez mais fortes e consistentes. Essas estruturas, se fragilizaram, nos últimos tempos, pela visão e prática adotadas por um liberalismo econômico e político, que ascendeu nesses tempos, ao nível das seitas que pregam a “teologia da prosperidade”.
Interessante observar que por mais que se tente afastar a humanidade dos valores permanentes e universalmente aceitos por imposição de uma ordem natural preexistente, no seu íntimo, cada pessoa busca e clama por conforto de sua consciência. Com certeza, isso não inibe a pessoa humana de qualquer escolha errada, ao contrário, esse caminho, a empurra para a aridez da negação da relação entre fé e razão. As seitas neopentecostais exploram e operam bem esse dilema humano. Atuam diretamente no campo dos instintos, dos desejos materiais, nas ambições, no conforto do corpo e na ilusão para a alma.
Essa introdução serve para apontar dois evidentes e grandes erros que minaram e continuam a minar o Ocidente: o divórcio com a fé católica e o casamento com liberalismo materialista.
No Brasil, tudo se move de forma improvisada, mas seguindo as receitas previstas nas mais vis dimensões das desmedidas ambições humanas, com isso, a degeneração do ambiente nacional tem sido flagrante.
A democracia se tornou disfuncional. O que garante efetivamente certa estabilidade ao país são arranjos e acordos pactuados nas redes ocultas do sistema que controla o Estado brasileiro. Rodrigo Maia, quando presidente da Câmara dos Deputados, era a parte visível desse iceberg político que queria colidir com o sistema de contas públicas, inviabilizar as reformas estruturais e implodir o país.
Podem ter certeza, poucos são os agentes públicos e privados que querem destratar o Brasil e liberar o país da força controladora da gigantesca máquina do Estado brasileiro.
Empresários e banqueiros, famosas oligarquias industriais e financeiras, querem retornar ao conforto dos financiamentos públicos de suas operações e expansões de negócios sem concorrência, quer sejam esses, através de supostas privatizações ou ao garantir à Banca, vantagens particulares com a elevação da taxa de juros interna da economia propiciando lucros exorbitantes com o permanente endividamento do país.
Essa linha tem sua verificação com a realidade ao observarmos os discursos dos sucessores dos presidentes da Câmara e do Senado, sobre a continuidade do Auxílio Emergencial e da necessidade da privatização do sistema elétrico brasileiro, por exemplo. Quanto ao primeiro são favoráveis, em relação ao segundo, acreditam ser tema que pode esperar. Isto é mais do que mera irresponsabilidade!
O governo Bolsonaro está sendo sistematicamente sabotado desde o seu início.
O risco fiscal é matéria de responsabilidade política e social grave. Não se pode ampliar o déficit das contas públicas e lesionar o teto de gastos impunemente.
Medidas calculadamente irresponsáveis desses agentes políticos ocasionarão o retorno da inflação, imposto que os mais pobres não têm qualquer defesa e no automático aumento dos juros. O que desmontaria a política econômica do governo Bolsonaro.
Na verdade, além do vírus chinês que o Brasil enfrenta, existe um outro, composto por várias forças, que podemos classificar como traição.
Nós, o povo brasileiro, somos da pátria a guarda e não admitiremos esse ultraje.
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