Banco Central se mostra preocupado com tendência de alta da inflação e de recessão do mercado de trabalho
Bamcp Cemtral do Brasil
Salve esta data: março de 2024. No final do primeiro bimestre do ano que vem, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) irá se reunir para decretar uma nova taxa básica de juros de nossa economia. Embora tenha sinalizado a continuidade da redução da Selic em pelo menos 0,50% em seus próximos encontros, os cortes do indicador econômico já podem estar com os dias contados.
O motivo nada tem a ver com política, embora o governo Lula tenha usado desse subterfúgio para pressionar o presidente do BC, Roberto Campos Neto. Dois fatores significativos podem frear a redução da Selic: o aumento considerável da dívida pública, e a perda do controle inflacionário - situação a qual o Banco Central se comprometeu a não deixar ocorrer.
Inflação e déficit primário em disparada é sinal de alerta para o Copom
Embora o Copom em sua mais recente reunião tenha cortado 0,50% da Selic, a reduzindo para 12,25%, os membros do comitê temem que seja imperativa uma manutenção dos juros em alta para que o país não entre em precária situação fiscal.
Situação, a propósito, que tem se agravado nos 9 meses. De acordo com o Banco Central, o déficit primário das contas consolidadas do governo chegou a R$ 108 bilhões, sendo R$ 18 bi de saldo negativo somente em setembro.
A sinalização de que o governo Lula não irá cortar despesas em 2024 - embora tenha sido bloqueado quase R$ 4 bilhões do orçamento neste ano - entra como fator decisivo na análise do Copom para definir a política de juros para o futuro próximo.
Ainda há o fator da reforma tributária. Embora os efeitos da PEC 45/2019 não atinjam de forma impactante os três anos restantes do governo Lula, a expectativa da alta de impostos para comércio, serviços e agronegócio poderá influenciar diretamente na alta da inflação e em baixas no mercado de trabalho.
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