Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, avalia que custos ficarão ainda mais altos após enchentes no Rio Grande do Sul
Prestes a deixar o Banco Central daqui a menos de um semestre, Roberto Campos Neto continua sendo um obstáculo para o governo Lula por um motivo óbvio: alertar sobre a realidade da economia brasileira.
A mais recente declaração do presidente da entidade foi em relação à inflação dos alimentos, que já vem alta há meses e deve piorar com a situação trágica no Rio Grande do Sul.
“Se você começa a pensar que, por causa do Rio Grande do Sul e por causa das coisas que estão acontecendo, o preço dos alimentos vai ser um pouco mais alto, aí de fato você tem um número que pode ser um pouco maior”, alertou Campos Neto durante evento da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Além de comentar sobre a tendência de alta do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), o presidente destacou que a alteração da meta fiscal promovida pelo governo Lula para 2025 será definitiva para a entidade definir como irá combater o índice inflacionário.
“Essa questão (da meta fiscal) pode afetar a política monetária, conforme o impacto nas variáveis macroeconômicas que o BC analisa para combater a alta de preços”, apontou Campos Neto.
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a inflação oficial de abril medida pelo IPCA subiu 0,38% em abril, influenciada diretamente pela alta dos preços dos remédios e da alimentação.
Comments