Inflação de alimentos deve ser pressionada por carnes, café e açúcar em 2025
- Núcleo de Notícias
- 12 de jan.
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Expectativa de preços elevados de commodities preocupa devido ao impacto na cesta básica e na política monetária

O cenário para 2025 aponta para uma pressão inflacionária significativa nos alimentos, impulsionada principalmente por carnes, café e açúcar. Esses produtos, essenciais na cesta básica, devem registrar altas expressivas devido a fatores de mercado e limitações na oferta, o que pode agravar a inflação geral e atrasar o ciclo de corte de juros no país.
Os dados mais recentes indicam que o grupo de alimentação e bebidas registrou aumento pelo quarto mês consecutivo. Em dezembro, a alta foi de 1,47%, contribuindo com 0,32 ponto percentual para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que fechou o mês em 0,34%.
As proteínas devem liderar a pressão inflacionária, com estimativas de aumento de pelo menos 16,6% nos preços pagos ao produtor. Esse movimento deverá impactar diretamente a indústria e o consumidor final. Café e açúcar também são citados como itens de alta relevância, com expectativas de produções limitadas ao longo do ano.
Em contrapartida, os grãos, como soja e milho, devem apresentar impacto neutro na inflação, com previsões de preços estáveis. Contudo, itens como óleo de soja, leite, hortaliças, frutas e verduras seguem sob atenção devido à influência de fatores climáticos e à relevância na composição da cesta básica.
A seca histórica do ano passado afetou as lavouras de hortifrútis, e o monitoramento das chuvas nos próximos meses será crucial para evitar novas perdas. A recuperação rápida das plantações pode amenizar os impactos, mas períodos de estiagem prolongados podem provocar pressões momentâneas sobre os preços.
O câmbio também desempenha um papel determinante no cenário inflacionário. Caso o dólar permaneça acima de R$ 6, os custos de importação e exportação poderão intensificar a alta dos alimentos. Essa dinâmica, combinada com a percepção de incerteza fiscal, eleva os desafios para o controle da inflação e da política monetária em 2025.
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