Federal Reserve irá se reunir no próximo dia 31 e tendência é de que a taxa, hoje entre 5% e 5,25%, seja reajustada
Crédito: Departamento de Trabalho dos EUA
Em tempo de poucas certezas geopolíticas, ao menos um dos termômetros da economia mundial não deve baixar sua temperatura em curto prazo. Com alta de 0,3% em setembro, o Índice de Preços ao Consumidor dos Estados Unidos serviu como alerta para o Federal Reserve (FED) não baixar a guarda sobre a taxa de juros básica da economia.
Segundo o Departamento de Trabalho norte-americano, a inflação subiu 0,4 ponto percentual acima dos prognósticos para o mês passado, o que coloca o índice bem distante da meta de 2% para 2023.
Com a aceleração dos preços, a aposta é que o FED irá promover nova alta nos juros na próxima reunião, marcada para 31 de outubro. Atualmente, a taxa de referência está entre 5% e 5,25% - valor estipulado em julho deste ano.
Energia e Serviços
Na apuração feita pelo governo dos Estados Unidos, o principal fator que pressionou a inflação de setembro foram os custos com energia, que normalmente provocam efeito em cadeia no restante da economia. Com a alta de 0,4%, o Índice de Preços ao Consumidor anual bateu os 4% - 2% acima da meta fixada pelo banco central norte-americano.
Outro indicador preocupante - e que contribuiu para a alta inflacionária - foram os preços dos serviços, que subiram 0,5% em setembro.
Ao analisar a atual conjuntura econômica, o ex-economista-chefe do Fundo Monetário Internacional, Kenneth Rogoff, apontou que os juros não devem cair nos Estados Unidos em curto prazo.
Além do custo de vida mais caro, Rogoff apontou que o crescimento das dívidas federais do país será outro fator determinante para um prolongamento dos juros mais altos.
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