Presidente do IBP afirma que novo imposto deve gerar perdas de R$ 7 bilhões por ano
Em meio à crise fiscal, o Brasil pode estar prestes a arcar com mais prejuízos. O motivo é a incidência do Imposto Seletivo (IS), também conhecido como “Imposto do Pecado”, segundo o texto proposto para regulamentar a Emenda Constitucional 132 da reforma tributária.
Segundo o IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás), a taxação extra sobre bens minerais extraídos deve gerar perda anual de R$ 7 bilhões no setor de petróleo e gás natural. A base usada para o cálculo foi o preço do petróleo, mais a alíquota máxima sugerida de 1% que incidirá apenas uma vez na cadeia tributária.
Pelos cálculos do atual presidente do IBP, Roberto Ardenghy, o consumidor será o mais prejudicado, caso a tributação seja consolidada.
“Vai resultar em onerosidade (aumento) para o consumidor, que vai pagar mais caro em praticamente todos os produtos por causa do imposto que será cobrado lá no início da cadeia”, alerta o dirigente. "Isso desce para tudo: petroquímica, indústria de vidro, construção civil, geração térmica, aço e até o agronegócio", acrescenta Ardenghy.
Outro problema à vista, segundo o presidente do IBP, será a perda de competitividade dos derivados de petróleo extraídos pela Petrobras.
"Por que o Brasil não consegue competir com insumos asiáticos? Porque nossos insumos são caros. Petróleo e gás são as bases para a indústria química, petroquímica e vários outros setores. Isso pioraria com o imposto seletivo", explica.
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