Alta do pai de todos os ativos é um risco
O Tesouro americano, também conhecido como Treasuries, não param de subir desde o fim do mês de julho, quando o Federal Reserve (Fed) anunciou por meio do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), em decisão unânime, que a taxa de juros americana subiria em 0,25 ponto. Tal medida trouxe não apenas mais uma ação controversa e necessária ao controle da inflação, mas também trouxe riscos à economia não apenas dentro dos Estados Unidos, mas, no cenário econômico global.
Tendo em vista que as Treasuries servem de referência para que analistas e investidores calculem a taxa de juros que devem ser descontadas nos ativos também no mercado brasileiro, somando-as à taxa que representa o risco Brasil e à taxa que corresponde à variação do câmbio a longo prazo, qualquer elevação nos títulos de 10 anos americano representa automaticamente a elevadas todas as taxas de desconto, gerando assim a queda dos preços justos dos ativos.
No último mês, a taxa das T-notes de 10 anos cresceu de 3,87% para 4,33% ao ano. A variação de 0,5% causou impactos também na taxa de juros futuros de 10 anos da B3, que decolou de 11% para 11,4% nos últimos 30 dias, ao mesmo tempo em que a Ibovespa teve uma queda de mais de 5% no mesmo período.
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