Estudo encomendado pela Fecomércio de São Paulo revela que setores administrativos e complementares serão os mais punidos
No momento em que a proposta da reforma tributária é discutida em audiências públicas no Senado Federal, mais um estudo sobre os impactos previstos no texto substitutivo à PEC 45/2019 ratifica o que tem sido exaustivamente alertado. Caso o texto que saiu da Câmara dos Deputados não sofra alterações na reta final de sua trajetória pelo legislativo, a alíquota estimada de 27% ao Imposto por Valor Agregado (IVA) irá sufocar as atividades econômicas do país.
Segundo pesquisa encomendada junto ao IBGE pela Fecomércio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), as novas regras devem sobrecarregar o setor de serviços em 96%. O levantamento desconsiderou momentaneamente eventuais alterações que o texto aprovado na Câmara poderá sofrer com sua tramitação no Senado.
De acordo com o IBGE, dentro do guarda-chuva do setor de serviços, os mais prejudicados serão as empresas com despesas que já enfrentam desafios com suas folhas de pagamento. Nesse caso específico, a lista inclui os segmentos de serviços administrativos e complementares.
O levantamento divulgado nesta semana reforça alertas como o da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Segundo a organização, as novas regras para a tributação deverão aumentar os valores dos imóveis, afetando principalmente o assalariado que enfrentará dificuldades com financiamentos.
Por sua vez, a Associação Nacional de Restaurantes (ANR) adiantou que o texto substitutivo da Constituição forçará os donos de bares e restaurantes a aumentarem seus preços em ao menos 20%.
CRÉDITOS (Imagem): Fecomercio SP
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