Guia prático para investir com a Selic em baixa

O corte da Selic para 11,75% tem afastado os investidores da renda fixa e motivado a aplicar em outras modalidades

Durante o auge da Selic, o brasileiro decidiu investir pesado em renda fixa. Segundo dados da B3, até setembro deste ano, foram aplicados R$ 2,03 trilhões - 31% a mais em relação ao final do terceiro trimestre de 2023.

Com a queda da taxa básica de juros ao patamar de 11,75% nesse mês, vale a pena apurar quais seriam as melhores opções para garantir o rendimento, em meio à turbulência político-econômica nacional.

Renda Fixa

Com o novo corte da Selic, as taxas de contrato DI (Depósito Interbancário) para o ano de 2025 caíram de 10,96% para 10,07%. Para janeiro de 2024, os rendimentos com vencimento nesta data já estão abaixo do patamar da Selic, batendo em 11,68% - valor inferior à Selic atual.

Bolsa de Valores

Embora a valorização da B3 tenha sido de 10% em virtude do cenário internacional, a indicação para compra de ações é sempre de cautela. A dica é apostar em papéis mais seguros e evitar empresas que ofereçam mais riscos ao acionista. Na conjuntura atual, há vantagem em comprar ações de exportadoras de ferro, que contam com receita parcial em dólares.

Fundos Imobiliários (FI)

Uma opção alternativa à renda fixa é a compra de fundos imobiliários, quase sempre beneficiados com a queda da Selic. O ponto fraco aqui é a demora do reajuste das cotações dos fundos, que são menos sujeitas a riscos que as ações.

Fundos de Investimento

Apesar do baque causado pela falência de grandes empresas de varejo - entre elas, as Americanas - a recuperação contínua do segmento tem motivado o retorno do brasileiro a aplicar em fundos de investimento. O mercado é direcionado para quem não tem pressa, e pode aguardar por retornos de médio prazo.

Crédito privado

Com a natural perda de ganhos gerada pela queda da Selic, quem costumava apostar na renda fixa não tem obtido os mesmos resultados de um passado nem tão distante. Uma opção para ampliar os rendimentos é apostar no crédito privado. Um dos retornos mais expressivos pode ser obtido com o pagamento por riscos maiores.