Governo recua e retira indicação de Guido Mantega para o conselho fiscal da Eletrobras
- Núcleo de Notícias
- há 2 dias
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Assembleia de acionistas se aproxima e novo nome ainda precisa ser definido para ocupar vaga estratégica

O governo federal retirou a indicação do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para integrar o conselho fiscal da Eletrobras (ELET3). A decisão ocorre às vésperas da assembleia geral de acionistas da companhia, marcada para 29 de abril, prazo final para a apresentação de um novo nome ao cargo. O conselho fiscal atua de forma independente da administração, fiscalizando a gestão financeira da empresa.
Guido Mantega havia sido indicado dentro de um movimento de reestruturação da Eletrobras, privatizada em 2022, mas na qual a União ainda mantém uma participação acionária significativa. O governo Lula buscava aumentar sua intervenção na companhia com a indicação do ex-ministro da fazenda.
Além da tentativa frustrada de nomear Mantega, o governo também indicou Silas Rondeau, Maurício Tomalsquim e Nelson Hubner para o conselho de administração, todos nomes ligados a gestões do Partido dos Trabalhadores (PT) e críticos do processo de privatização da empresa. Tomalsquim, por sua vez, ocupa atualmente um cargo na diretoria da Petrobras (PETR4), o que levanta preocupações sobre potenciais conflitos de interesse.
Esta não é a primeira vez que o nome de Guido Mantega é cogitado e posteriormente descartado para cargos de destaque em empresas de grande influência, como já havia ocorrido anteriormente na Vale (VALE3) e na Braskem (BRKM5).
A assembleia de 29 de abril será decisiva, pois além de deliberar sobre a nova composição do conselho de administração e do conselho fiscal, também votará um acordo que pode encerrar disputas judiciais entre a União e a Eletrobras, redefinindo o equilíbrio de poder dentro da companhia e seu futuro estratégico.
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