Programa "Terra da Gente" foi anunciado em meio à nova onda de invasões do MST em todo o país
Em meio ao agravamento da crise econômica, o governo Lula se comprometeu a gastar mais R$ 520 milhões em desapropriações e outras negociações imobiliárias para servir 295 famílias de agricultores ligados ao MST até 2026. O anúncio acontece após mais de 27 ações ocorridas em 11 estados no início da semana, como parte do movimento “Abril Vermelho”, liderado por João Pedro Stédile.
Conforme o governo, o novo plano de “reforma agrária” ficará a cargo do recém-inaugurado programa Terra da Gente, conduzido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, chefiado por Paulo Teixeira. Segundo a pasta, a distribuição de terras será feita na forma de “prateleiras”, a partir de aquisições e outras formas de desapropriação.
São elas: Terras já adquiridas, terras em aquisição, imóveis de empresas e bancos, áreas de ilícitos, imóveis considerados improdutivos, terras usadas para pagamentos de dívidas com a União, terras federais arrecadadas, terras estaduais oriundas de dívidas, terras em doação e terras do Programa Nacional do Crédito F
MST na mira da Câmara
Como o Rumo Econômico mostrou, após a série de invasões do MST ocorridas nesta semana, a Câmara dos Deputados aprovou nesta semana o regime de urgência para a votação do projeto de lei 895/23 de autoria do deputado federal Luciano Zucco, que prevê endurecimento de punições contra quem viola o direito constitucional de propriedade.
Em entrevista exclusiva ao Rumo Econômico, Zucco declarou que o pacote de medidas da frente Invasão Zero visa interromper o ciclo do movimento, que sempre tentou usar os mais humildes em “nome da causa”.
“Esse projeto faz parte do pacote legislativo que apresentamos ao final das investigações. Ele quebra a espinha do MST naquilo que eles têm de pior: a utilização de pessoas humildes como massa de manobra”, apontou Zucco.
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