Analistas deixam clara descrença na promessa e governo deve alterar discurso.
Crédito da imagem: EDU ANDRADE/Ascom/MF/Flickrv
O Mercado e o mundo político consideram como certa a revisão da meta estabelecida pelo governo federal por meio do Ministério da Fazenda quanto a zerar o déficit fiscal do país em 2024. Mesmo após uma recente conquista do governo com a sanção do novo marco fiscal, que ancora as expectativas com relação às contas públicas.
A meta foi considerada ousada desde sua divulgação e está presente em todas as propostas orçamentárias do governo encaminhadas ao Congresso Nacional ainda para votação. Caso não sejam realizadas alterações, o governo precisará perseguir a meta no próximo ano, a todo custo, o que provavelmente geraria a necessidade de contingenciamentos, ou seja, medidas extremamente impopulares a serem adotadas durante um ano eleitoral.
Alguns dos principais motivos pelos quais o mercado e a classe política não compraram a promessa do governo quando a redução total do déficit no prazo estabelecido vão desde o crescimento das despesas do governo, a negligência do Executivo quanto aos cortes de gastos, a falta de confiança geral quanto à capacidade de realização da agenda arrecadatória estabelecida e culminam na constatação da dificuldade real que o governo tem de formar no Congresso Nacional uma base sólida que compre a aprovação dos projetos propostos pelo governo, além das constantes "pautas-bomba" levantadas pela oposição.
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