Recursos - que saíram de um superfundo - devem garantir descontos nas contas de energia elétrica
Depois de sofrer constantes e pesados ataques do governo Lula, a Eletrobras agora poderá ser usada para garantir um programa de redução nas contas de energia do país. A ideia foi revelada pelo ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, e já foi apresentada ao corpo diretivo da companhia privatizada durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro - e com a aprovação do Congresso.
Segundo Silveira, a ideia é arrancar da Eletrobras um adiantamento de R$ 25 bilhões em repasses, que entrariam nos cofres do governo Lula até 2026. Os recursos viriam de um depósito na chamada Conta de Desenvolvimento Energético, consolidado após a desestatização da empresa. No total, foram depositados R$ 32 bilhões nesse “superfundo” durante o processo capitaneado pelo então ministro da Economia, Paulo Guedes.
Na rota para a desestatização da empresa, concluída em junho do ano passado, havia sido acordado o pagamento de R$ 32 bilhões para um fundo chamado Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) pela conclusão do processo de transferência para o setor privado.
O entrave em questão seria o prazo. Pelo acordo, a quitação dos débitos da Eletrobras com a União só aconteceria em 2047. Esses recursos são debitados diretamente das contas de energia dos brasileiros
O ministro Alexandre Silveira também confirmou que o governo irá pressionar a Eletrobras para adiantar os repasses direcionados às ações regionais, acertadas na consolidação da lei de privatização da empresa. Nesse caso, o prazo para finalizar os pagamentos seria de 10 anos. O governo Lula quer encurtar esse prazo, que seria concluído em 2026.
CRÉDITOS (Foto): Eletrobras, Conta de Desenvolvimento Energético, Ministério das Minas e Energia, Desestatização
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