Minas e Energia exige dados sobre segurança da empresa
O governo Lula não desistiu de intervir na política da Eletrobras - empresa na qual a União possui a maioria de suas ações, mas que está sob controle da iniciativa privada desde 2022. Isso porque o Ministério das Minas e Energia (MME) enviou pela segunda vez um ofício solicitando que a companhia cancele o Plano de Demissão Voluntária (PDV). O primeiro alerta governista havia acontecido em junho deste ano.
A pasta comandada pelo ministro Alexandre Silveira afirma que o cancelamento temporário das demissões seria “essencial” para que a empresa mantenha a segurança das operações até que o governo examine o plano de investimentos futuros para a geração e transmissão de energia para os próximos anos.
Além de alegar não ter recebido tais informações, o Ministério das Minas e Energia voltou a citar o problema detectado na Companhia Hidro Energética do São Francisco (CHESF) - uma subsidiária da Eletrobras - que teria causado queda de energia simultânea em 25 estados e no Distrito Federal no dia 15 de agosto.
De acordo com o relatório preliminar do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) o desempenho abaixo do esperado das fontes de geração próximas à linha de transmissão Quixadá – Fortaleza II pode ter provocado o apagão que afetou quase 30 milhões de brasileiros.
O ofício enviado pelo MME também destaca a existência de “perseguição” a funcionários da empresa que teriam criticado o processo de privatização no governo Bolsonaro.
Confira trecho do documento: “Sendo a União a maior acionista da empresa e o MME responsável por zelar pelo equilíbrio entre a oferta e demanda de energia elétrica no país é legítimo, racional e importante que esta Pasta tenha acesso a tais informações para que possa avaliar como a Eletrobras, maior empresa do segmento em operação no Brasil, está se preparando para preservar a manutenção e operação de seus ativos, pois eles são primordiais para a confiabilidade do suprimento de energia elétrica”.
CRÉDITOS (Foto): Agência Brasil
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