Ministro Alexandre Padilha disse ainda que acredita na aprovação da reforma tributária "até o final deste ano"
Ministro Alexandre Padilha - Agência Brasil/EBC
Em meio a conflitos no Congresso e guerras no exterior, o governo Lula parece trabalhar neste momento crucial da conjuntura internacional com excesso de confiança.
Isso porque o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, acredita que a reforma tributária, que sequer foi votada no Senado, seja aprovada até o final de 2023.
Embora exista tempo hábil para a conclusão dos trabalhos até o deadline imposto pela gestão petista, o relator da matéria na casa alta do legislativo, Eduardo Braga (MDB-AM), já avisou que seu parecer sobre o texto aprovado na Câmara só deverá ser entregue no final de outubro.
Braga adiantou que um dos problemas centrais é a quantidade de emendas (alterações) que a PEC 49 recebeu no Senado. Considerado “destrutivo”, principalmente para os setores de comércio e serviço, o texto ainda deve ser destrinchado pelos parlamentares até sua conclusão definitiva.
Previsões erráticas para a economia
Otimista ao extremo, Alexandre Padilha também aponta que a reforma tributária irá trazer ordem para “a balbúrdia tributária” existente no Brasil. Além de acreditar que o texto solucionará os problemas fiscais, o ministro de Lula disse acreditar que o Produto Interno Bruto deverá encerrar o ano com alta superior a 3%.
“Vamos chegar ao final deste ano, depois de anos, pela primeira vez com crescimento maior que 3%, inflação menor que 4% e desemprego menor que 8%”, profetizou Padilha, após evento em São Paulo.
Apesar de não citar fontes, o PIB estimado pelo Boletim Focus do Banco Central indica que a economia brasileira deva encerrar com a mesma alta de 2,9% atingida em 2022, último ano da gestão de Jair Bolsonaro (PT).
Logo após a eleição, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou com veemência, apontando que o Brasil “não cresceu nada em 2022”.
Já para 2024 e 2025, o Focus indica crescimento bem mais baixo, em torno de 1,50% e 1,90%
Pela ótica do Banco Mundial, o desenvolvimento econômico brasileiro é ainda mais modesto. No mais recente boletim apresentado pela instituição na semana passada, o prognóstico para o PIB de 2023 foi de 2,6%, e de 1,3% e 2,2% para 2024 e 2025, respectivamente.
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