Governo argentino prorroga controle de preços até a posse de Milei
- Núcleo de Notícias
- 22 de nov. de 2023
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Política esquerdista de "Preços Justos" deverá reajustar em 5% os alimentos nesta semana

Fernández e Lula: parceiros do "estado gigante" - Agência Brasil/EBC
O atual presidente da Argentina, Alberto Fernández, decidiu manter o controle de preços no comércio do país até 10 de dezembro - data marcada para a cerimônia de posse de Javier Milei, eleito no último domingo (19) em segundo turno.
Com o objetivo de regular os valores do que é consumido regularmente pela população, o ministério da Economia - ainda comandado pelo candidato derrotado, Sergio Massa - decidiu manter a política chamada "Preços Justos” para que não haja uma disparada dos valores da comida nos próximos dias.
Com a proposta - que dependerá dos fabricantes e fornecedores - os preços de itens que compõem os itens da cesta devem ser reajustados automaticamente em 5%. Para concluir o acordo, entretanto, os empresários do setor devem se reunir até quarta-feira (22) com a Secretaria Federal de Comércio.
Moody’s alerta para o “risco Milei”
Assustada com a contagem regressiva para a saída do governo socialista da Argentina - onde quase 50% da população vive com menos do equivalente a um salário mínimo - a agência de classificação de riscos Moody’s afirmou que as medidas propostas por Milei para reduzir a inflação e recuperar as reservas cambiais oferecem “sérios riscos ao mercado interno”.
“Estas medidas, se adotadas, causariam ajuste econômico abrupto e profundo, colapsando o mercado interno”, escreveu a Moody’s. Apesar dos temores, a bolsa de valores da Argentina registrou alta de 20% no pregão de terça-feira. O desempenho extraordinário ocorreu após Javier Milei reforçar que irá privatizar a petrolífera estatal YPF.
Durante campanha rumo à Casa Rosada, Javier Milei prometeu, entre outras medidas, reduzir a máquina pública com privatizações, dolarizar a economia, causando a extinção do Banco Central, além de cortar cargos e ministérios.
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