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Governo anula leilão mas oposição mantém viva "CPI do Arrozão"

Em entrevista ao Rumo Econômico, deputado Zucco confirma ação para investigar condições suspeitas do leilão da Conab



Zucco sobre fim do leilão: "Confissão de culpa"


Em meio à ofensiva da oposição  - com direito à coleta de assinaturas para a abertura de uma CPI - o governo Lula acusou o golpe e decidiu cancelar o leilão para a importação de 263 mil toneladas de arroz realizado na última quinta-feira (6) pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento.


"Pretendemos fazer um novo leilão, quem sabe em outros modelos, para que a gente possa ter as garantias de que vamos contratar empresas que tenham capacidade técnica e financeira”, comentou o presidente da entidade, Edgar Pretto, sem apresentar detalhes sobre uma possível negócio.


A notícia da suspensão da compra do produto - que foi alvo de protestos não só de políticos, mas dos produtores que alertaram para os riscos econômicos do leilão - foi repercutida imediatamente por parlamentares e representantes do agronegócio.


“Foi uma confissão de culpa”, cravou o deputado Luciano Zucco (PL-RS) em entrevista ao Rumo Econômico. 


“Nós alertamos. O Rio Grande do Sul já havia feito sua colheita, com condições de suprimir o mercado interno de arroz. O órgão do governo responsável pelo leilão foi desumano com o estado”, ratificou o parlamentar, que garante não ter desistido de abrir uma CPI para investigar supostas irregularidades no certame.


“Nós vamos avançar em busca de assinaturas para a CPI do arrozão”, ratificou Zucco, apontando, entre os inúmeros motivos, a situação suspeita das empresas vencedoras do leilão da Conab.


“É inadmissível uma empresa que uma semana antes do leilão dizia ter R$ 80 mil de capital social e passou, de repente, a ter R$ 5 milhões. Me surpreendeu a demora do governo para cancelar a operação”, analisou o deputado. 


Secretário do governo Lula pede demissão

 

Após a anulação do leilão, a saída do secretário de Política Agrícola do Ministério de Agricultura, Neri Geller, agravou ainda mais o cenário de crise institucional. Segundo o governo Lula, o ex-ministro de Dilma Rousseff teria comunicado sua saída, após acusações de interferência na operação. 


Além de ter indicado o coordenador do leilão na Conab, seu filho, Marcello Geller, atuou como corretor de uma empresa que participou da tentativa de compra do produto na semana passada.


Os deputados Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Lucas Redecker (PSDB-RS) afirmaram que, mesmo com a desistência da importação, atuarão contra o governo, em caso de uma nova tentativa.


“Se tiver um novo leilão, nós vamos entrar novamente contra o governo porque não há necessidade de importação de arroz. Isso ocasionará aumento de preço no futuro, porque o produtor desistirá de plantar por excesso de oferta do mercado”, antecipou Redecker.


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