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Governador pede isenção fiscal e recursos imediatos para reconstruir RS

O governador Eduardo Leite apresentou uma lista de reivindicações ao governo Lula para socorrer o estado


Rio Grande do Sul permanece ameaçado

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou que não conseguirá tocar obras para a reconstrução do estado, caso o governo federal não atenda a uma série de reivindicações que lhe garanta isenção fiscal. “Se botar R$ 10 bilhões na nossa conta, eu só posso gastar o limite do ano passado mais a inflação do período, então não vou conseguir fazer a despesa”, afirmou o governador gaúcho em entrevista coletiva.


As demandas apresentadas ao governo Lula - comparadas por Leite ao pacote de ajuda norte-americana aos países europeus destruídos na Segunda Guerra Mundial, o chamado Plano Marshall - incluem a injeção de recursos para garantir a execução de obras imediatas, além de medidas que isentam o Rio Grande do Sul de cumprir o teto de gastos e outras metas.


São elas:


  • Suspensão da aplicação dos limites fiscais do Art. 167-A

  • Flexibilização das regras do teto de gastos

  • Flexibilização dos limites para contratação de pessoal

  • Flexibilização das vedações do Regime de Recuperação Fiscal

  • Envio do PLP Juros por Educação

  • Suspensão do pagamento da parcela mensal da dívida pelo período que durar a reconstrução

  • Suspensão do pagamento dos encargos financeiros da dívida

  • Autorização para a redução do fluxo financeiro necessário para o pagamento dos precatórios

  • Autorização para realizar operações de crédito para investimentos, com ampliação de prazo para contratação

  • Criação de um fundo, aos moldes dos fundos constitucionais do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com recursos da União, para aplicação integral nas iniciativas a ser implementadas junto ao setor privado, em especial micro, pequenos e médios empreendedores.


Segundo o estrategista-chefe do Rumo Econômico, Carlos Dias, as exigências do aliado de Lula, soam como uma espécie de chantagem em momento tão delicado para a população gaúcha. A lista de exigência, na verdade, deveria ter sido cumprida pelo próprio governador em gestão austera e rigosa das contas do estado, o que se observa não ter ocorrido. Trata-se, portanto, de puro oportunismo do tucano.

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