Governador Tarcísio Gomes de Freitas disse que as alterações feitas no Senado podem prejudicar seriamente a indústria paulista
Tarcísio está descontente com as mudanças na reforma tributária - Agência Brasil/EBC
Defensor de primeira hora da reforma tributária, o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) parece ter mudado de ideia sobre os eventuais frutos que a PEC 45/2019 pode gerar aos estados - em especial - ao que ele comanda desde janeiro.
Em reunião com o relator da reforma na Câmara dos Deputados, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), o ex-ministro da Infraestrutura do governo de Jair Bolsonaro (PL), reclamou das alterações promovidas no texto-base durante a passagem pelo senado. Segundo Tarcísio, alguns itens devem atingir em cheio o complexo industrial paulista.
"O texto que veio do Senado traz algumas distorções que afrontam frontalmente a indústria paulista", lamentou o governador. "Temos a maior base industrial do Brasil algumas ineficiências que a gente precisa corrigir", concluiu.
Entre as "distorções" apontadas por Tarcísio, o governador de São Paulo destacou a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre importação, produção ou comercialização de bens com incentivos para a Zona Franca de Manaus, além dos incentivos fiscais à indústria automotiva.
Reforma poderá ser votada na Camara nesta semana
Após mais de um mês de debates na segunda passagem pela Câmara, a votação em plenário da PEC 45/2019 poderá acontecer, finalmente, na semana em curso. A informação foi confirmada pelo relator, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). O aliado de Arthur Lira (PP-AL) adiantou que o presidente da casa "tem o desejo" de pautar a matéria, o que deve ocorrer após uma série de debates sobre o texto entre segunda-feira (11) e sexta-feira (15).
Caso o texto - que sofreu uma série de emendas na CCJ - seja novamente alterado na Câmara dos Deputados, a matérioa poderá retornar ao Senado para nova análise e votação dos destaques.
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