General Zuñiga declarou que presidente Luís Arce precisava "aumentar sua popularidade"
O general boliviano Juan José Zúñiga - responsável pela suposta tentativa de golpe de Estado na quarta-feira (26) - declarou que o presidente Luís Arce estaria por trás da operação para derrubar o seu próprio governo. Arce integra o partido Movimento Al Socialismo, que aparece em baixa nas pesquisas que antecipam as eleições de 2025 no país.
A legenda é a mesma do velho conhecido e amigo de Lula, Evo Morales, que tem aparentemente rompeu com a atual gestão.
Após ser preso, Zuñiga afirmou aos jornalistas que Arce teria arquitetado o levante, com a esperança de turbinar sua popularidade - situação que ligeiramente remete a eventos suspeitos como o do 6 de Janeiro de 2021, nos EUA, e do 8 de Janeiro aqui no Brasil.
“O presidente me disse: "a situação está muito f***da. Esta semana vai ser crítica. É necessário preparar algo para levantar a minha popularidade”, afirmou o militar em frente ao Palácio do Governo, em La Paz, capital boliviana.
Governo acusa general de "atentado contra a democracia
A resposta dada por integrantes do governo ecoou declarações recentes de integrantes do judiciário e executivo brasileiro. Ao rebater a acusação feita pelo general, o ministro da Justiça da Bolívia, Iván Lima, declarou que o general mentiu e prometeu lutar por uma condenação de 15 a 20 anos de cadeia “por atentado à democracia”.
Já o presidente Arce decidiu substituir imediatamente o comando militar, exonerando os comandantes das Forças Armadas da Bolívia. O jornal local, El Deber, afirmou que o general acusado de golpe “retirou-se tranquilamente” do palácio, após ser substituído no cargo por José Wilson Sánchez.
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