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Fracasso do arcabouço fiscal faz dólar disparar e abala confiança do governo

Alteração da meta fiscal para 2025 afastou investidores e fez dólar chegar a R$ 5,28 na terça-feira (16)



Haddad: arcabouço no fundo do poço


Em maio do ano passado, o governo Lula comemorou uma vitória arrebatadora na Câmara que, por 372 votos a 108, autorizou substituir o texto do teto de gastos criado na gestão de Michel Temer (MDB) pelo conteúdo atualizado do arcabouço fiscal.


Menos de um ano após a implementação das novas regras, a equipe econômica petista já sentiu o gosto amargo do primeiro grande revés. 


Com a alteração da meta fiscal – que previa superávit de R$ 61 bilhões e agora terá de se contentar com um déficit zero em 2025 – o mercado sentiu na pele a insegurança movida pelas decisões equivocadas do governo. O resultado imediato foi a disparada do dólar frente ao real, chegando à cotação de R$ 5,28 antes de fechar a R$ 5,26.


Quebra da meta fiscal e conflitos no Oriente Médio


Para os analistas do Rumo Econômico, além da quebra da meta, outros fatores essenciais influenciaram na forte desvalorização do real frente à moeda norte-americana na terça-feira (16): a especulação sobre o corte de juros nos EUA - que podem afastar mais investimentos no Brasil - e a eventual prorrogação do conflito entre Israel e Irã no Oriente Médio. Este último, com potencial de disparar as cotações de petróleo no mercado internacional.


O que Haddad falou sobre o arcabouço fiscal


No dia 24 de maio de 2023, quando a Câmara endossou o pacote fiscal de Haddad, o ministro da Fazenda afirmou que as medidas colocariam o Brasil em um “outro patamar” de crescimento.


"Estou muito confiante de que essas duas reformas, o marco fiscal e a reforma tributária, vão nos colocar em um outro patamar de crescimento potencial. Vamos sair de uma década de baixíssimo crescimento, de 1% ao ano, em média. Uma década muito complicada. Acho que nós vamos inaugurar um ciclo que pode ser muito promissor para o Brasil", avaliou Haddad,

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