Penúltimo boletim Focus de 2023 mostra dólar e inflação em queda, mas alerta para distanciamento da meta fiscal
Na reta final de 2023, o Boletim Focus do Banco Central apresentou uma estimativa mais positiva para câmbio, balança comercial e inflação. Em contrapartida, os prognósticos para a meta fiscal (Resultado Primário) continuam sob alerta, com dados negativos para 2023 e 2024.
PIB mantido
No penúltimo boletim Focus de 2023, nenhuma alteração foi prevista para o PIB. Os analistas mantiveram o prognóstico de 2,92% para 2023, além de 1,51% e 1,90% para 2024 e 2025, respectivamente.
Inflação menor em 2023
Se no boletim anterior a previsão era de alta para 2024, as atualizações desta semana apontam para uma inflação menor em 2023. O prognóstico para este ano do Índice de Preços ao Comsumidor Amplo (IPCA) caiu de 4,51% para 4,49%. Já para 2025, foi mantida a expectativa de 3,50%.
Dólar mais desvalorizado
A aposta do Focus para esta semana é de declínio da cotação da moeda norte-americana frente ao real. Para 2023, a variação caiu de R$ 4,95 para R$ 4,93 no câmbio oficial. Já para 2024, a tendência é manutenção em R$ 5. O prognóstico para 2025 também caiu de R$ 5,10 para R$ 5,08.
Selic estável
Os prognósticos do Boletim Focus permaneceram sem alterações para a Selic nesta semana. Nenhuma mudança à vista para o intervalo 2023-2025. Segundo os analistas, a taxa básica de juros deve ficar em 11,75%, 9,25% e 8,50%, respectivamente.
Balança comercial - Dívida pública - Resultado primário
Em nova escalada positiva, os cálculos para a balança comercial brasileira foram revisados para cima. Para 2023, de 78,8 bilhões para 79,80 bilhões. Para 2024, subiu de 68,50 bilhões para 69,80 bilhões. Já a expectativa para 2025 permaneceu em 63,50 bilhões.
Já para a Dívida Pública Líquida, o Focus manteve o cálculo em 61% do PIB para 2023, mas subiu a estimativa para 2024 de 64,10 para 64,20% do PIB. Para 2025, queda prevista de 66,10% para 66 % do PIB
Por sua vez, o Resultado Primário aponta piora, tanto para 2023 como para 2024. Neste ano, passou de -1,20% para -1,30% do PIB. Para o ano que vem, -0,76% para -0,80% do PIB. Por fim, a estimativa para 2025 houve manutenção de -0,60% do PIB.
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