top of page

FMI x Governo Lula: quem vencerá a aposta do déficit primário?

Fundo diz não crer em promessa de "zerar" o déficit em 2024. Estrategista-chefe do Rumo Econômico é ainda mais pessimista

FMI - Agência Brasil/EBC


Antes de ocupar o gabinete do Palácio do Planalto pela terceira vez em uma das mais polêmicas eleições administradas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já adiantava que seu governo “não teria gastos, mas investimentos”.


Sem buscar quaisquer saídas para o corte de gastos - ou mesmo apresentar projetos para desburocratizar a produção - Lula e seu chefe de política econômica na Fazenda, Fernando Haddad - articularam para garantir o furo no teto de gastos em 2023 e mais: aprovar um novo arcabouço fiscal para substituí-lo com poucas garantias de sustentabilidade.


Agora, além das críticas da oposição, o governo Lula entrou na mira do Fundo Monetário Internacional (FMI). Durante evento organizado em Marrakech, no Marrocos, a organização divulgou seus prognósticos para o déficit das contas públicas brasileiras.


“Governo nunca tentou reduzir despesas”


Para este ano, o Monitor Fiscal do FMI aponta que o déficit primário do governo Lula será de 1,2% do Produto Interno Bruto. Já para 2024, ao contrário da promessa de zerar os débitos, o fundo acredita que o déficit seja de 0,2% do PIB - prognóstico que, segundo o estrategista-chefe do Rumo Econômico, Carlos Dias, até mesmo a previsão negativa do FMI aparenta ser extremamente otimista.


“O governo Lula, desde o início, só enxerga uma forma de superávit: primário através do aumento de receitas. Ele nunca falou em equalizar suas dívidas por meio de redução de despesas. Pior: o aumento de receitas só virá por meio de mais impostos”, ratifica.


Vale destacar que os cálculos do FMI são baseados mais em promessas e na tendência do momento atual brasileiro, que ainda colhe os frutos da agropecuária e dos incentivos aos micro e pequenos empresários promovidos durante a gestão de Paulo Guedes, no governo Bolsonaro.


Comments


bottom of page