Família de gestante morta após vacina da AstraZeneca será indenizada em R$ 1 milhão
- Núcleo de Notícias
- 8 de dez. de 2024
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Decisão da Justiça do Rio responsabiliza farmacêutica por falhas na segurança do imunizante aplicado em grávidas

A Justiça do Rio de Janeiro determinou que a farmacêutica AstraZeneca pague uma indenização de R$ 1,1 milhão por danos morais à família de Thais Possati, uma gestante de 35 anos que morreu após receber a vacina contra Covid-19 em 2021. A decisão foi proferida pelo juiz Mauro Nicolau Junior, da 48ª Vara Cível do Tribunal de Justiça, e reconhece a relação entre o imunizante e as complicações que levaram ao óbito da promotora de Justiça e de seu bebê.
Primeira gestante brasileira vítima do imunizante
Thais foi a primeira grávida no Brasil a falecer em decorrência da vacina, fato que levou o governo federal a suspender a aplicação do imunizante da AstraZeneca em gestantes. A farmacêutica admitiu que, à época, o produto não havia sido testado nesse grupo antes de sua liberação emergencial.
Após tomar a vacina em 5 de maio de 2021, Thais apresentou complicações graves, incluindo um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico e trombose de seio venoso. A situação evoluiu rapidamente, resultando na morte do bebê que ela esperava e, dias depois, na morte da própria gestante, em 10 de maio.
O juiz destacou na sentença que "as mortes dela e de seu filho podem ser atribuídas aos efeitos da vacina produzida pela ré", reforçando o impacto direto do imunizante no desfecho fatal.
AstraZeneca mantém posição sobre segurança da vacina
Apesar de não se manifestar diretamente sobre o caso, a AstraZeneca reafirmou em nota que a vacina possui "perfil de segurança favorável", com benefícios que superam os riscos.
A farmacêutica, no entanto, enfrentará novas críticas sobre a adequação de seus ensaios clínicos e a decisão de liberar o uso do imunizante sem estudos específicos em gestantes, cenário que contribuiu para a tragédia envolvendo Thais Possati e sua família.
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