Facebook cedeu à pressão do governo Biden para censurar posts sobre vacinas, revela Zuckerberg

CEO da Meta detalha episódios de gritos, ameaças e interferência direta da Casa Branca para restringir conteúdos considerados incômodos

Mark Zuckerberg, CEO da Meta, revelou que o governo dos Estados Unidos pressionou o Facebook a censurar memes satíricos relacionados às vacinas contra a Covid-19. Durante entrevista ao podcast The Joe Rogan Experience, Zuckerberg descreveu como autoridades da administração Biden recorreram a gritos, palavrões e ameaças para forçar a plataforma a moderar conteúdos, mesmo quando as postagens não violavam regras claras.

Entre os exemplos citados, estava um meme baseado no filme "Era Uma Vez em Hollywood", de Quentin Tarantino, que insinuava que campanhas de vacinação poderiam levar a ações judiciais no futuro. Apesar de inicialmente hesitante, o Facebook acabou cedendo às exigências.

Zuckerberg apontou que, embora empresas privadas tenham autonomia para moderar conteúdos, a interferência governamental pode violar a Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que proíbe o governo de restringir a liberdade de expressão. Ele também destacou que Jen Psaki, então secretária de imprensa da Casa Branca, admitiu publicamente que o governo sinalizava postagens consideradas "problemáticas" para as redes sociais.

Em resposta às críticas, a Meta declarou ter removido 18 milhões de postagens sobre a Covid-19 e limitado o alcance de outras 167 milhões. Recentemente, porém, Zuckerberg anunciou o fim do programa de verificação de fatos da empresa, classificando-o como enviesado e contraproducente. Segundo ele, o esforço inicial para incluir diferentes vozes acabou sendo desvirtuado para silenciar opiniões divergentes.

Além disso, o CEO confirmou que documentos sobre os esforços de censura foram entregues ao Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes. No entanto, ele lamentou a falta de responsabilização por parte da administração Biden.