Com Thanksgiving e Black Friday na mira do e-commerce, analisamos o desempenho dos mercados de EUA e Brasil
Agência Brasil/EBC
No Thanksgiving de 2022 - um dos feriados mais populares dos Estados Unidos - os consumidores norte-americanos voltaram às compras com estilo. Ao todo, em apenas um dia, foram investidos o equivalente a R$ 25 bilhões em produtos on-line - cifras que representaram alta de 3% sobre 2021, quando o comércio mundial ainda sofria os efeitos da pandemia.
Chamado de Ação de Graças pelos brasileiros, a data não tem a mesma importância no país sul-americano, embora tenha sido transformada em lei em 1949 por sugestão do então embaixador nos EUA, Joaquim Nabuco. Para os norte-americanos, entretanto, o Thanksgiving - comemorado nesta quinta-feira (23) - é feriado nacional e rivaliza em tradição com o Natal. A celebração, vale destacar, antecede os descontos oferecidos na Black Friday.
Vendas no E-Commerce: EUA x Brasil
Com um produto interno bruto equivalente a R$ 125 trilhões em 2022, os Estados Unidos não atingiram à toa o status de maior potência global. Para efeito comparativo, o PIB brasileiro não chega a R$ 10 trilhões, embora tenha crescido cerca de 3% em 2022.
As discrepâncias econômicas são notáveis, em especial no setor de e-commerce. Impulsionado por datas como o Thanksgiving e Black Friday, houve crescimento de 8,5% nas vendas por mídias digitais no ano passado, atingindo marca equivalente a R$ 5 trilhões. Os números demonstraram reação do setor após o impacto extremamente nocivo gerado pela pandemia.
Por sua vez, o Brasil, com uma economia mais burocrática, ainda que favorecida pelas políticas mais liberais do ministro Paulo Guedes, também registrou forte crescimento de seu e-commerce. De acordo com apuração do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio, as vendas digitais saltaram 20% em 2022, obtendo rendimento de R$ 187 bilhões. No ano anterior, vale o destaque, o e-commerce brasileiro havia faturado R$ 155 bilhões.
Ainda que a tendência seja de crescimento, a comparação EUA x Brasil ainda é pífia. Com placar de R$ 5 trilhões x R$ 187 bilhões, o mercado norte-americano de vendas on-line é cerca de 27 vezes superior ao brasileiro.
Tendo em vista as novas tributações previstas na PEC 45/2019, além das crescentes taxações promovidas pelo governo petista, ainda parece bastante difícil se aproximar do sucesso comercial dos Estados Unidos em todos os segmentos.
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